Activista em Cabinda diz que centenas entram diariamente no país e que o controlo é muito dificíl
Autoridades sanitárias de Angola alertam para a necessidade de vigilância nos principais pontos de entrada no país devido ao novo surto de vírus de ébola na vizinha República Democrática do Congo (RDC).
Numa circular distribuída em Luanda, o Ministério da Saúde recomenda as províncias de Cabinda, Luanda, Benguela, Uíge, Zaire, Lundas Norte e Sul, Malanje e Moxico a reforçarem a vigilância nos pontos de entrada, sejam eles fluviais ou marítimos, aeroportos e pontos fronteiriços terrestres.
A medida foi justificada devido a “movimentos migratórios intensos” e por tratar-se de uma doença contagiosa.
O documento lembra que as autoridades da RDC notificaram o surto da doença nos últimos dias e confirmaram a morte de três pessoas de um total de 29 casos suspeitos.
Entretanto, a partir de Cabinda, o responsável Associação para o Desenvolvimento da Cultura e Direitos Humanos (ADCDH), Alexandre Kuanga, diz que o número decidadãos da RDC e da República do Congo que entram ilegalmente na região torna quase difícil qualquer tipo de controlo pelas autoridades locais.
“Aqui todos dias entram centenas de cidadãos de forma ilegal pelas fronteiras com Brazzavillee e da RDC, o que complica o seu controlo pelas autoridades. Isso pode facilitar a entrada do vírus do ébola no país”, disse Kuanga
O Ministério da Saúde alerta para a necessidade do reforço da vigilância epidemiológica através da investigação de eventuais rumores que devem imediatamente ser reportados às diferentes repartições de saúde.
Aquele organismo orienta ainda que devem ser criadas unidades de saúde de referência para o internamento de casos suspeitos bem como a manutenção das medidas de protecção individual e de biossegurança.
Via Voa
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