Biblioteca pública organizada por activista desfeita pela polícia no Uíge

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 18/11 (Wizi-Kongo) – “Clube Amigos do Livro”, uma iniciativa gizada para biblioteca pública que os jovens activistas da província do Uíge disponibilizaram para os leitores de forma grátis, com vista a suprir a demanda dos estudantes e pessoas apaixonadas pela investigação, foi, nesta terça-feira (17), desfeita pelos efectivos da polícia nacional local.

Colocada a disposição dos leitores no dia 15/11 (domingo), a biblioteca pública comportava diversos manuais ligados ao processo d ensino e aprendizagem, quer do primeiro ciclo, como do segundo ciclo, assim como do ensino superior e não só, cujos leitores liam os livros de acordo os seus interesses, o que estava a contribuir significativamente em suprir a demanda dos alunos/estudantes e pessoas apaixonadas pela investigação, soube, hoje, quarta-feira, Wizi-Kongo, do activistas Guimarães Kanga ( Libertador de Mentes Aprisionadas), em representação dos demais activistas.

“Foi arrepiante o aparato policial que apareceu no local, concretamente, no largo do governo provincial, eram uns 20 efectivos da corporação e de repente mandaram retirar os livros que estavam estendidos a disposição dos leitores e os que se encontravam na mão dos leitores, legando terem recebido ordens superiores para desfazer a referida biblioteca pública”, referiu, Libertador de Mentes Aprisionadas.

No local, sublinha, foram abordados pela polícia nacional, os activistas Guimarães Kanga, Firmino Filipe e Kamavu Teka (Demilungha), que, estavam aí para atender os leitores e facilitar a localização dos livros solicitados pelos mesmos, porque estavam estendidos mais de 100 livros com fins de proporcionar leitura ao povo Uíge. Infelizmente, lamentou, “este é o país das ordens superiores”.

E, recorda, Guimarães Knaga, “fomos humilhados publicamente diante dos leitores que também foram forçados a devolverem os livros, afinal, qual é o crime de ler ou de oferecer uma leitura grátis? em seguida, acrescentou, para evitar o pior, retiraram-se do local, num acto que mereceu repúdio e revolta por parte dos leitores e não só, pela forma como foram tratados.

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