Buengas e Mukaba terminam 2021 com crimes chocantes de carbonizar cidadãos nacionais

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 03/01 (Wizi-Kongo) – Dois cidadãos nacionais de 33 e 46 anos de idade, cada residente no município dos Buengas e de Mukaba, apesar de viverem em circunscrições diferentes, tiveram o mesmo destino de morte caracterizada por carbonização no intervalo dos dias 21 e 30 de Dezembro no ano transacto, respectivamente, em actos praticados por indivíduos das mesmas comunidades.

No dia 21/12/2021, no município dos Buengas, deu-se o primeiro caso, que teve como vítima Augusto Pascoal, queimado dentro da sua residência pelos sobrinhos de 25 e 28 anos de idade, através de criação de gado bovino. Entretanto, os dois sobrinhos tiveram a pretensão de cuidarem da criação e comercialização do gado, querendo afastar o tio destas responsabilidades daqueles animais domésticos que cuidava do seu irmão residente na capital do país, Luanda.

Assim, como avançou hoje, segunda-feira, nesta cidade, ao Wizi-Kongo, o Serviço de Investigação Criminal no Uíge, que, Augusto Pascoal rejeitou essa pretensão dos sobrinhos e, em consequência, os dois indivíduos atearam fogo às madrugadas do dia 21 do mês e ano passado na residência do malogrado, fazendo parecer um incidente.

Aquele órgão afecto ao Ministério do Interior, admitiu que, dias depois os especialistas locais conseguiram apurar a real causa e, por tratar-se de um caso de homicídio qualificado na razão dos meios, por fogo posto, com recurso a gasolina, já que o Serviço de Investigação Criminal dos Buengas, 250 quilómetros da cidade do Uíge,  recolheu os supostos criminosos às celas, serão presentados ao Ministério Público, para a legalização da situação carcerária.

Enquanto no dia 30/12/2021, Hilario Paulo João, depois de ter roubado duas porcas, foi torturado e queimado até a morte. Este facto, aconteceu às 10 horas da última quinta-feira, na aldeia Kixona, no município do Mucaba, 60 quilómetros a norte da cidade do Uíge, cujos autores desta acção ainda não foram encontrados, sustenta a informação obtida pelo Wizi-Kongo, daquele órgão.

Segundo a fonte, afirma que o malogrado se fazia companhia do seu comparsa, este, em fuga e, transportavam duas porcas num motociclo de duas rodas de marca Ling-kem, cor preta, sem matrícula. Deste modo, foram interpelados pela população que ainda não foi identificada os seus reais autores e, assim que o seu companheiro notou a presença dos moradores, meteu-se em fuga, ao paço que a vítima não conseguiu escapar e foi alvo de agressão com objectos contundentes (pedras e bengalas), seguidamente queimaram-no juntamente com as porcas.

Por ser um acto condenável, acrescenta a fonte, o SIC continua com as diligências para se determinar os autores do crime e responsabiliza-los, pelo que apela para não realização de justiça por mãos próprias, deixando essa ser uma tarefa reservada aos órgãos consagrados por lei para administrar a justiça em nome da população.

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