Os centros infantis precisam ter recursos humanos, financeiros e materiais à altura para exercerem a sua actividade sem sobressaltos, defendeu ontem, no Uíge, a professora Maria Paula, especialista em matéria de ensino pré-escolar, no final do estágio prático que decorreu em algumas creches e centros infantis da cidade.
Maria Paula sublinhou que os centros infantis são estabelecimentos sociais e educativos vocacionados a cuidar e estimular o crescimento integral da criança e, por isso, devem reunir tais requisitos, para auxiliarem no seu desenvolvimento emocional, intelectual, social e físico.
A professora referiu que, apesar de nos últimos dois anos o número de instituições vocacionados a cuidar de crianças em idade pré-escolar crescer significativamente, a falta de investimentos públicos no sector e de uma supervisão rigorosa do Estado têm contribuído para o funcionamento desorganizado de vários centros infantis e creches. “Os centros infantis facilitam a socialização da criança e lançam as base para a aprendizagem escolar”, disse, para acrescentar que a rotina da criança deve ser orientada,desde a alimentação, recreação e descanso.
Maria Paula explicou que, pela sua natureza, os centros infantis têm uma função delicada que pressupõe recursos humanos especializados, espaços lúdicos, pátios de recreação com pisos antiderrapantes, sanitas apropriadas às crianças, materiais didácticos e alimentação orientada ao seu crescimento.
Por serem ainda poucas para atender a demanda, na cidade do Uíge as creches ficam superlotadas e o número de vigilantes torna-se desproporcional em relação a multidão de crianças matriculadas. A professora Maria Paula afirma que nos centros infantis a situação torna-se mais grave devido a exiguidade de recursos financeiros. “As crianças alimentam-se mal”, afirmou.
Via JA
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