Corrupção põe Jorge Kisseque e Afonso Luviluku “em duelo de titãs no tribunal do Uíge”

Por Jeremias Kaboco/Alfredo Dikwiza

Uíge, 28/05 (Wizi-Kongo) – Há um ano, o activista realizou uma série de manifestações apontando de corrupto o vice-governador provincial para os sectores técnico e infra-estruturas. Em sua defesa, Afonso Luviluku, mandou abrir um processo-crime de injúria e calunia contra Jorge Kisseque. Desta feita, Jorge Kisseque e Afonso Luviluku estarão ”em duelo de titãs no tribunal provincial do Uíge”, no dia 22 de Junho do ano em curso. Num julgamento que muito promete.

O activista, depois de ser notificado para comparecer no tribunal no dia 13 do mês em curso, neste mesmo dia, ficou marcado a sessão de julgamento para o dia 27 de Abril. Nesta quarta-feira (27) aquela sessão foi adiada por motivos de não comparência de vários declarantes citados no processo, entre eles, um deputado do ciclo provincial e alguns administradores municipais, ficando assim, remarcado para o próximo dia 22 de Junho, para Jorge Kisseque apresentar as provas que o levam a considerar de corrupto o vice-governador provincial e, este, por sua vez, provar a sua inocência.

Numa primeira instância, Afonso Luviluku estabeleceu um valor de sete milhões e 500 mil kwanzas de indeminização que Jorge Kisseque terá de pagar, por ter ele, considerado, que, o activista o caluniou e também o ofendeu, fazendo entender que o vice-governador nega categoricamente ser corrupto. Mas, Jorge Kisseque, por seu terno, admite ter provas mais do que suficientes que dão conta do envolvimento em vários actos de corrupção, nepotismo e outros males, deste responsável, por isso, queria silenciar o activista em troca de uma casa na centralidade do Kilumosso e também de uma bolsa de estudo numa das universidades local.

João de Almeida, um dos advogados de defesa de Jorge Kisseque, admitiu nesta quarta-feira, à imprensa, que, o atraso na notificação de vários declarantes e outros factores estiveram na base do tribunal provincial optar pelo adiamento da audiência, tendo admitido que a remarcação do julgamento irá permitir-lhes argumentar as provas que possuem sobre os actos de corrupção praticados por Afonso Luviluku nestes 10 anos no cargo de vice-governador para os sectores técnico e infra-estrutura e, assim, espera ganhar a causa mediante o tribunal, em favor do seu constituinte.

Miguel Teta Neto, coordenador provincial da organização da sociedade civil na província do Uíge, em exclusivo hoje, quinta-feira, ao Wizi-Kongo, pediu que haja lisura no processo por parte do tribunal local, apesar de não acreditar na transparência da justiça angolana. Por sua vez, Jorge Kisseque, argumentou estar preparado perante o tribunal para desmascarar os actos de corrupção, nepotismo e outros males que travam o desenvolvimento da província do Uíge, por causa do Afonso Luviluku, aquém ele pede ao presidente da república de Angola, João Lourenço, para sua exoneração.

Nesta quarta-feira (27), foi visível defronte o tribunal provincial a presença massiva de várias pessoas, concretamente, amigos, familiares, activistas e a população no geral, todos a favor de Jorge Kisseque, pois, muitos acreditam ser verdade que Afonso Luviluku é culpado pelo atraso de província do Uíge em diversos sectores, que, em 10 anos, se não fosse assim, já teria dado um passo gigante, rumo ao desenvolvimento. Entretanto, o Wizi-Kongo, tanto evidenciou esforços para ouvir de primeira mão o vice-governador para os sectores técnico e infra-estrutura, Afonso Luviluku, mas este recou-se em prestar declarações.

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