Crise no MPLA / 1962 – A ata da segunda reunião na Universidade de Louvanium de Léopoldville

MPLA

Crise de Novembro de 1962 – Reunião de 12 de Outubro de 1962.

Reunião verificada na grande sala do Movimento, solicitada pelos camaradas Videira e V. Lopes sob pressão do Viriato que afirma continuar tudo “na mesma” depois do encontro do Luvanium de 9 de Outubro de 1962.

A reunião foi dirigida pelo Videira depois da recusa de outros camaradas, que começou a fazer um apelo a todos presentes no sentido de se pronunciarem segundo um espírito construtivo e impessoal.

Presentes:

Agostinho Neto                             C. Pestana

M.de Andrade                                Graça Tavares

Viriasto da Cruz                             M. Lima

G. Viana                                           Ed. Santos

Matias Migueis                               Aníbal Melo

Vieira Lopes                                   Boavista

Videira

Viriato: – A atmosfera está muito carregada e burócratica por isso peço menos solenidade. É com sentido de uma contribuição construtiva para a sobrevivencioa do Movimento que intervenho. Vou tentar situar o problema em dois pontos: as causas da crise no passado, há 4 ou 5 semanas para cá. No passado havia questões ou desinteligências mas sem crise, certificava-se legalidade ou ilegalidade, da remodelação, a validade das suas razões, etc.

A remodelação proporcionou o estabelecimento da crise entre os camaradas. Gostava de começar pela auto-crítica das responsabilidades que me cabem, mas sinceramente não as vejo. Cometi erros e tenho defeitos como todos homens; fui um dos elementos que estava dentro desta crise, um dos ingredientes desta tromba que ia levando o movimento a sua desintegração.

A crise começou no dia depois da remodelação, o novo Comité resolveu pôr em marcha uma decisão tomada durante a reunião remodelativa de continuar a considerar o Ed. dos Santos e Viriato como colaboradores activos, actividade em que prossegui. Eu saí do Comité Director por razões políticas e não diminuido porque de resto já tinha proposto em Abril de 1960.

Não me sinto diminuido nem tanto batido nem desconsiderado, continuei a sentir a mesma consideração e o mesmo espírito de colaboração da parte dos camaradas. Estava até satisfeito por ter podido descansar pouco. Entretanto por certo números de factos notei que o Eduardo dos Santos não faz a mesma auto-crítica à sua posição e depois da saída ele sentiu que perdeu alguma coisa com essa saída do Comité Director. Várias vezes expimiu-me o seu reparo de não ser procurado como eu. Chegou depois do camarada Neto que eu não conhecia antes que eu esperava melhor conhecer.

O camarada Neto tinha certeza de vir ocupar o primeiro lugar no Movimento. Isto era conhecido de todos até porque o camarada M. de Andrade se pronunciou  em Rabat a seu favor. Eu nãoo tinha nada a dizer contra ele ao contrário idealizei-o como o descrevi. Seria o hemem que estaria em cima dos partidos e de todos nós com um grande carácter e rectidão.

Ele chegou mas pareceu-me que por não conhecer o meio os aspectos bom ou mau nele existente colocou-se numa posição que desenvolveu manobras que agravaram a crise. Não entrou imediatamente no movimento, esperou mais numa atitude estática. Neto não exigiu na altura de se integrar na máquina uma reunião, chamando militantes que julgaria capazes de o informarem sobre as coisas do Movimento. Eu nunca fui convocado para isso, eu tomei a iniciativa de dar o dossiers sobre a unidade e os meus cursos políticos até agora espero respostas.

Por razões que não quero conhecer, dois camaradas, Azevedo e Eduardo dos Santos rodearam Neto após a sua chegada. O Eduardo não contribuiu para aproximação de Neto com outros militantes para que este possa estar onde deve, assim tapar todos furos que há. O Eduardo fêz um trabalho de levar e trazer que na parte que me toca ao contrário de estabelecer confiança foi um trabalho de intriga dentro do Movimento.

O camarada Azevedo com quem trabalho há dois anos de quem conheço fraquezas e virtudes passou entrar nessa manobra de cercar o neto e levar o neto de ter o mesmo estilo o de trabalho no seio do Movimento.

Pressení que se preparava qualquer coisa contra mim e qualquer coisa de injusto e tive oportunidade de informar que havia complot contra mim. Um dos factos mais grave foi as minha ausência na lista do Comité Preparatório da Conferência Nacional, não compreendi a minha exclusão já que tenho o passado do Movimento mas não qualificada a participar , o Matias e Eduardo, o José Miguel é novato, o Viana é novo, está aqui em Léo há apenas um mês. O camarada Neto chegou pela primeira a Léo e integrava agora o Movimento.

Evidentemente estranhei o facto e não vi boa vontade em se mudarem as coisas imediatamente. Foi preciso uma reunião para conseguirem isso. Por outro lado, o camarada Neto numa reunião que pedi mas dificilmente foi concedida chegou avançar julgamento sobre a minha pessoa isso abalou as minhas convicções sobre a sua rectidão. Chamou-me Grande Individualista. Ele nunca me conhecera antes…Fêz apreciações sobre o meu trabalho no passado sem me ter ouvido sobre as acusações que me teriam sido feitas. Tombou assim a minha imagem sobre a sua rectidão. Ou ele ouvia só de uma lado ou inventava por si.

Um dia soube por Matias e Zé Miguel que o Azevedo afirmara ter escrito uma carta a uma embaixada socialista que o Neto fora convidado pelo Departamento de Estado dos EUA. Fiquei aborrecido com a acusação e avancei o ponto da vista da possível penetração portuguesa e americana para nos dividir. Suspeitava e ainda suspeito que certos encontros e com certas pessoas teriam levado as convicções talvêz não fossem muito favorável para o Movimento. Digo isso para informação geral.

Em relação a calúnia do Azevedo houve uma reunião. O camarada Mário de Andrade fêz um gesto para que saíssem alguns camaradas ficava-se um grupo restrito ele não estava a presidir mas exigia que eu explicasse sobre a penetração portuguesa e americana no seio do Comité. Eu exigi o regresso dos camaradas saídos para se discutir primeiro as razões da calúnia. A custo isso foi aceite sobre iniciativa de Viana e a pressão moral dos outros presentes. Não fui em manobrasinhas, pedi uma confrontação de todos, dificilmente abtida contra manobras do Sr. Mario de Andrade. O Azevedo acabou de informar que inventara. O Viana nesta altura intercedeu para dizer que estava a falsidade, tudo se resolvia.

Antes disso porém o Mario rejetara afirmando que o Zé Miguel mentira. Isso me fêz convecer que havia no Mário a tendência para passar por cima de facto o que parece muito grave. Depois da confissão até hoje ninguém ainda abriu a boca para condenar atitude do Azevedo embora este tenha sido ainda acusado de suspeita de desvios de fundos. Acrise foi motivada por esta manobra. Nunca pedi advogados no Movimento. O movimento não me deve nada, mas deve ser justo que lhe dei uma contribuição positiva. Hoje a minha situação é do indivíduo que não tem confiança nos camaradas Mário, Neto e Eduardo.

Fui a Louvanium porque me animou o desejo de ver o Movimento singrar. Não foi sem receio que o fiz porque desconfiei que se tinha encontrado uma saída demagógica para a crise: convencer os militantes de que a razão era justamente…Não pode haver trabalho nem productividade com actos e factos destes sucedidos desde há um certo tempo. Os dirigentes devem ouvir toda gente e defender a honra de cada camarada.

Fala-se em fazer a revolução para entrar em Angola, não vejo grandeza, Honestidade para o fazer. Não pode haver unidade sem que a culpabilidade de cada um seja devidamente estabelecida. Estou disposto a ser julgado e sancionado, mas exijo que todos outros estejam submetidos ao mesmo julgamento. Não posso aceitar de alguém apreciação da minha pessoa quando nunca o conheci mais gordo.

Ao Neto pressinto-lhe culto da personalidade e acho que prontifica muito. Fazer acusação sem meu ouvir…Neste ponto faço a minha autocrítica, contribuiu no passado para que por exemplo o camarada Mário se pudesse convencer que ele me pudesse impedir que finalizar um processo em que eu estivesse em causa. Deve dizer que contribui também com Eduardo para que ele pudesse pensar que é um elemento indespensável. Eu tenho mais experiência e dedico mais tempo ao Movimento. Contribui também para existência de um culto de personalidade bastante nocívo. Não posso colaborar sem que esses camarads façam a sua autocrítica, sem que seja feito o reconhecimento da culpabilidade.

Quer se tratar a baíla o problema do primeiro Comité Director, só os camaradas Mário e Eduardo estão a altura de o fazer. O camarada Dr. Neto não pode julgar o meu trabalho no passado. No meu passado, houve choques e desinteligências mais nunca crise. Faço ainda a autocrítica por não ter sido vigilante sobre o passado dos militantes que foram chamados a responsabilidade. Faço a autocrítica por não ter apreciado devidamente o trabalho de outros e tinha mais confiança nas amizades. Faço a autocrítica por não ter cumprido aquilo que se deveria fazer e meter-me a executar o que os outros deveriam fazer. Se há erros a apontar nesse trabalho, aceito esses erros fundamentados e demonstrados. Só discuto assuntos do Movimento na base de 20 pastas arquivadas em Conacry.

Faço: enfim a autocrítica de não ter sido enérgico e de nâo ter chamado o camarada Neto a parte e dizer-lhe: o Movimentnto nâo deveria começar só consigo, a gente sabe que o Neto pode fazer, vocè nao pode nem deve fazer sozinho.

Matias Migueis: – A exposição feita corresponde à verdade dos factos.

Viriato: – Acrescento um ponto: se havia alguém que lutava pelo poder não era eu. Fui eu eu que saiu volontariamnete no Comité, embora alguns pedissem o contrário. Houve uma altura em que quiz mesmo saír de Léo, pedindo dinheiro para isso, dinheiro que tenho no Congo Brazzaville. Não faço este depoimento para conquistar o voto, há condições que eu exijo para ser membro do Movimento.

Disputar o poder a quem? Ao Neto não mesmo que fosse pela cor. Ao camarada Mário? Ao camarada Eduardo? Porque? Eu tenho sem dúvida mais mérito. A todos outros presentes nunca pensei o fazer. Eu errei porque agi. Não sou infalível, estou convencido que vota4âo justa seria sempre indigitado. Nâo disputo o püoder? nâo existe em mim o problema de ser ou de não ser, afasta do poder, é uma questão de exigência.

Eduardo dos Santos: – Vou fazer uma breve exposição porque não tenho muita coisa a dizer. Errei na altura devida nâo leventei quando de certos acontecimentos. A crise nasceu com a fundação do Movimento, quando cheguei a Conacry para ser membro do seu Comité Director na Secçâo Económica e Social e Económica: Vem talvêz da discussão sobre o regulamento interior para a definiçâo das funções, porque as do Presidente e do Secretário Geral não estavambem definidas  Eu estava condenado a um mau exercício dessas actividades trabalhei noutros ramos como Cultura, Defesa e Secretariado Geral. Fui reparando que o teperamento do Secretário Geral nâo facilitava a discussão de certos assuntos

Fui responsável por nâo ter levantado honestamente e imediatamene ou sair. Nesse momento nâo foi a cobardia nem receio de uma desintegraçâo do Movimento que me impediu. Fomos trabalhando bem ou mal, resolvemos vir ao Congo, eu e o Hugo, aquiu fizemos o relatório. Na segunda viagem o Hugo foi o primeiro a chegar: Vim depois coim Boavida trabalhamos todos na instalaçâo do Movimento aqui em Léo. A Minha participação era igual a dos outros.

A certa altura o Secretário Geral devia assistir a uma conferência na índia. O secretariado Geral propôs aqui nesta mesa para eu preencher o seu lugar durante 15 dias, em Novembro de 1961. Em Dezembro de 1961 fiz uma viagem aos Estados Unidos com Mário e Viana, depois disso nâo fui mais espüecialmente qualificado e dirigimos sempre em colectividade. Fui convocado para Accra devia ir com Viriato mas indiquei afalta de funções bem definidas como razão de emperamento. Fez-se a primeira remodelação que durou apenas um dia porque logo a seguir fêz-se outra.

Fiz uma viagem ao solo e vpltei decidido a demitir-me porque sentia o factor racial agia dentro do Comité e a escolha de cargos a ocupação de postos se fazia na base do racismo. Achei que era altura de demitir. Expus as minhas razões. O Viriato fez uma lonca explicação propondo a saída dos mestiço para entrarem os negros. concordei e apoio porque partilhava a mesma opinião.

Daí para diante o Viriato trabalhava em casa, em minha casa, e verifiquei que apesar de me ter oferecido a colaborar eu não tinha informações nem consultas. O Viriato recebia membros do Comité Director e da defesa sem que eu soubesse alguma coisa. Eu disse isso ao Viriato e mais, não de acordo com essa falta da democracia na administração do Movimento. Viriato como sempre exasperou-se.

Cheguei depois o camarada Neto, troquei com ele meia dúzia de püalavras. Eu não fiz intriga nenhuma. Eu não imformei o camarada Neto porque queria fazê-lo em conjunto. Limitei coumincar ao Viriato coisas ditas sobre ele. Limitei-me a fazer confidências. Eu disse-lhe que o Lúcio poderia a ser o coordenador do Movimento. O Viriato deu a isso uma grande importancia. Parace que o Viriato considerava-me grande amigo do Neto.

Depois da Viagem do Viriato a Rabat vi uma mudança total na sua atitude dominada pela preocupação que o camaradas Neto queria conduzir o Movimento. Eu disse-lhe que nâo estava de acordo e que isso deveria resultar da falta de consultas por parte do comarada Viriato, que não quiz aceitar essa posição. Foi nesse sentido que eu interpretei outra conversa como o facto a remodelação servira para mostrar a incapacidade dos elementos novos. (Substitutos). O camarada Viriato nessa altura quiz se ir-se embora. Mais tarde vieram dizer-me que o camarada Viriato que era um dos ligados aos portugueses. A minha autocrítica acenta sobretudo  no facto de ter permitido que essa personalidade do Viriato se formasse e crescesse .

Graça: –  A crise começou na minha ausência e o camarada Viriato fêz-me relato depois da chegada? Nas minhas conclusões tudo teve origem na precipitação das críticas e julgamentos do Camarada Neto que desconhecia o ambiente e salientou a parte negativa em desfavor da positiva. Também há responsabilidade de aduladores do Neto. Espero que não se continue nos julgamento das pessoas.

Agostinho Neto: – Não me considero no banco dos réus. Não quero defender-me, quero fazer um novo relato para se julgar do espírito que nos animava perante as propostas feitas há dias de salvar tudo da situação caótica em que nós encontrámos. O único problema do Movimento era Viriato da Cruz. Verifiquei que o Viriato não trabalhava no espírito da harmonia com outros camaradas como o Lúcio Lara e o Mário, que se afastara propositadamente de Lél para nâo trabalhar com eles.

Fui imprudente ao aceitar a consideração de verdadeiros amigos de longa luta. Assim fui rasteirado pelo Holden, mais tarde pelo Viriato. O movimento fêz no exterior uma propaganda à minha volta, colocando-me acima dos partidos, com virtudes que não possuo. Nâo devia ter aceite ser presidente efectivo do MPLA mas de honra. Nâo teria sido violentamente criticado pelo Holden e mais tarde pelo Viriato.

Uns dias depois da minha chegada a Léo pedi uma reunião do Comité Director para ser informado. Dois dias depois alguns membros levaram.me aceitar as funções do presidente dentro do espírito de avançar e estabelecer a unidade entre todos os partidos com as consequências verificadas. Fiz diversas diligências para conseguir a unificação com as forças em acção dentro do Movimento. Um pouco a força tentei dar uma nova orientação falei a vários militantes entre eles o Eduardo para publicarmos um Boletim. Eu queria e quero trabalhar, não tenho culpa para ter sido indicado para cargos a que fui.

Havia sempre o problema Viriato. o Viriato estava habituado a ser consultado por todos membros para todo o trabalho. Eu tenho outros hábitos nâo aceitei ir aoquarto do Viriato dizer o que tinha feito, era aqui nesta mesa o faria. Eu nâo iria no quarto do Sr. Viriato e ele não gostou …

Quando passei em Rabat pedi niformações sobre o Movimento ao Mário, ele respondeu que vai a Léo e alguns meses depois vamos conversar. Eu ja tinha ouvido falar em portugueses asasim como numa certa escrita pelo Viriato ao Desidério em que aquele afirmava que os mestíços deveriam sair da fachada para dar lugar e deixar actuar na primeira linha os negros.

Soube em Rabat  que o Viriato pedira uma bolsa para si e sua mulher num país da Europa. Solicitei-lhe para não partisse. Pedi em casa do Eduardo com Viriato presente que fizéssemos uma reuniâo esdtrita para me elucidarem aqui nesta sala, aberta e sinceramente. Vieira Lópes aconselhou-me prudência e pediu uma reunião de elucidação.

Numa das últimas reuniõers ouvi dizer que constava lá fora que fora convidado para Departamento do Estado para ir à Ámerica, mas com a insinuação de ser um elemento a soldo dos americanos e portugueses. Quando o Viriato insinuou isso mesmo numa reunião eu afirmei mesmo nunca mesmo trabalharia com ele. Desperado quiz sair de Léo para me acalmar não o fiz pela insistência dos camaradas.

Quando me vieram dizer que havia uma possibilidade de conquistar a sua confiança a custa de actos fico agora supreendido quando Viriato vem agora martelar-me quase pretendendo que saía, quando ele vem a dizer que nâo mais militante. O Viriato é de facto um militante que tem pretenções de dirigir tudo quanto haja actividade no Movimento. Não pode passar pela cabeça de ninguêm que um membro exija um comprimisso escrito  da parte dos outros para continuar a trabalhar.

Esta reunião desde a intervenção do Viriato caiu em mim como uma pedra dentro de um lago muito profundo donde só pode ser arrancada com muito trabalho. Não confia em mim porque me julga um pro-americano. Não confia no Eduardo porque o julga pro-portrugueses. Não confia no Mário não sei porque.

Eu estive preso por muito tempo e perdi o contacto com as realidades. Nâo pratico o culto da pesonalidade, puseram-me na presidência. As nossas relações por agora estão agravadas. Eu continuarei a trabalhar onde quer que seja.

Mário de Andrade: – Prepara-se uma nova crise depois da infeliz iniciativa desta reunião. Eu teria muito que dizer como autocrítica mas não vale a pena porque seria necessário reunir todos elementos do antigo e novo Comité Director. As condições da reuniâo e o car’actere livresco de alguns responsáveis e toda a direcção são responsáveis de tudo isso. Apesar de tudo no passado fez-se um trabalho positivo. Esta é uma crise de quatro responsáveis políticos que têm se adaptar a uma luta de libertaçâo armada bem dirigida e estruturada.

Gentil Viana: – As principais causas da crise sâo:

  • As estruturas deficientes do Movimento com órgâo que nâo podia adaptar-se com a luta.
  • A falta de uma direcção democrática e colectiva.
  • A falta de democracria facultou os graves desintendimentos sem discussão nem solução.
  • Falta da formaçãso de elementos novos.
  • Ausência do espírito de vanguarda.
  • Espírito de intriga aliado a falta da vigilância revolucionária

Proponhoho como solução a tomada de posição pela luta armada imediata e a democratização do Movimento.

Manuel Lima: –  Propôs a criação de uma comissão de saneamento e oferece-se como volontário.

Mário de Andrade: – Está pronto sobre a organizaçâo do Movimento

  • Segredismo
  • Capitalismo do pensamento
  • Falta da democracia, etc.

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Observação:  A reuniâo terminou as 6 horas do dia 13 de Outubro de 1963, num estado de completo desânimo de seus promotores que tinham a sensação de terem sidos enganados  e mal compreendidos nas suas intenções de reforçarem o entendimento que se fizera pressentir em Louvanium . O debate deveria prosseguir as 18 horas no mesmo dia, mas a hora marcada, só estiveram presentes Vieira Lópes, Melo, Gentil Viana, Viriato da Cruz, Videira e Carlos Pestana, que consideraram nâo ser possível realiza-las nessas condições.

Léopoldville. 13 de Outubro de 1963

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