Destacada importância do projecto “Conversa à Sombra da Mulemba”

Por Analtino dos Santos

Mais uma edição do programa radiofónico “Conversa à Sombra da Mulemba” aconteceu no passado domingo, depois do mesmo ter sido distinguido com o diploma de mérito do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente. Colaboradores e ouvintes felicitaram o programa e fizeram sugestões que ncluíram o aumento do tempo da emissão e a transformação do grupo no facebook em centro de estudos e de pesquisas culturais.

Sebastião Kupessa, pesquisador da cultura Kongo e da história política e social de Angola, considerou o “Conversa à Sombra da Mulemba” um grupo de diálogo onde é possível aprender desde a arquitectura à dança e da economia à música. Recordou a edição dedicada ao contributo dos músicos angolanos na Rumba Congolesa e o seu impacto junto da comunidade angolana na diáspora e no país. Falou ainda da página no facebook “com posts muito educativos”.

A arquitecta Maria João Teles afirmou que o certificado de mérito outorgado pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente é um reconhecimento do trabalho que o programa tem feito e manifestou o desejo desse departamento ministerial  patrocinar o programa, “honrando assim este reconhecimento”. A arquitecta considerou que o Conversa à Sombra da Mulemba é um programa atento e aberto a muitas figuras significativas da cultura angolana, algumas das quais reconhecidas dentro e fora do país e outras quase desconhecidas.

A compositora e Prémio Nacional de Cultura e Artes 2020, Rosa Roque,  reconheceu que é uma ouvinte assídua do programa, que é “de uma actualidade que não se pode ignorar”. A professora disse que ouve o programa desde a época em que o mesmo era emitido na Ecclésia e considerou-o “uma fonte de reforço” dos seus próprios conhecimentos, “pela profundidade como se abordam aspectos da cultura e seus fazedores, da história do país de forma particular e muitos outros assuntos, de forma muito pertinente”.

De Macau falou o professor universitário Carlos Figueiredo, ouvinte e membro do grupo nas redes sociais. O mesmo revelou que teve o primeiro contacto com o programa através de um amigo e logo apercebeu-se da sua excelência, diversidade dos assuntos abordados e da oportunidade que concede aos seus convidados para manifestarem as suas opiniões e debatê-las com outros intervenientes “sempre com o mais elementar respeito”. Carlos Figueiredo, um profundo conhecedor da música angolana, disse que considera o programa uma das principais referências da comunicação social em Angola “pela forma como preserva e divulga a cultura angolana em toda a sua abrangência e excelência dos conteúdos”.

O economista e escritor Jonuel Gonçalves também não poupou elogios ao programa, considerando-o um dos mais importantes do país. Disse ainda que se tratar de um programa e de um espaço de média social que pode ter uma evolução que o pode conduzir para a formação de um centro cultural que implicasse debates e exposições.

O académico Alberto Oliveira Pinto considerou que, independentemente do certificado outorgado, o programa tem tido um papel importante na divulgação da cultura angolana e tem dado “todo um contributo na divulgação do silêncio da história, porque a história é feita de silêncios”. Finalizou afirmando que o prémio também é seu.

Judith Luacute, técnica superior de enfermagem, também é uma ouvinte assídua. “Este diploma com certeza é o primeiro de muitos, com certeza que mais homenagens virão”, afirmou, antes de desejar votos de “muito bom trabalho a todos os realizadores do programa muito importante para que todos nós conheçamos a nossa cultura”, dado que, segundo disse, “só a conhecendo é que nós podemos ser nós mesmos”.

Momento

Patrocinador satisfeito

O patrocinador do programa, a Unitel, na pessoa de Teodoro Fernandes, responsável da área de Marketing, manifestou-se “orgulhoso com o reconhecimento ao programa e “regozijado pela aposta certa”.

O representante da Unitel afirmou que mais um prémio   aumenta a responsabilidade da produção e da realização do programa para “continuar a fazer melhor e formar opiniões com rigor”. Teodoro Fernandes fez um convite para que mais parceiros e ouvintes “entrem nesta viagem e se tornem assíduos no programa, porque o saber não ocupa lugar”. Acrescentou que quem como ele “ouve o programa e tem acesso ao manancial de informação histórica que este produz, nunca mais será a mesma pessoa”. Por fim, destacou o empenho de Raimundo Salvador na realização e apresentação do programa.

O programa Conversa à Sombra da Mulemba, agora emitido na Rádio Mais (99.1) das 14 às 16 horas, antes era emitido na Ecclesia.

Depois de uma ausência do ar de quase seis meses regressou em Outubro do ano passado, com uma homenagem à compositora Rosa Roque. Idealizado por Raimundo Salvador e Drummond Jaime, tem na produção Francisco Chiconda.

O projecto destaca-se por ser um espaço temático de pendor cultural que amiúde inclui temas económicos, políticos, empresariais, de arquitectura e urbanismo, dentre outros, que ajudam na compreensão da história e da realidade actual de Angola.

Além do projecto Conversa à Sombra Mulemba, de que fazem parte o programa radiofónico e a página no facebook, foram contemplados com o Diploma de Mérito do Ministério da Cultura, Ambiente e Turismo outros programas e jornalistas que se têm destacado na cobertura de matérias culturais, como o Poeira no Quintal da Rádio Nacional de Angola, o Live no Kubico da TPA e da plataforma Platinaline e os jornalistas Elisa Coelho, da RNA, Vencislau Mateus, da Angop e António Bequenque, editor de Cultura do Jornal de Angola.

O colunista do caderno Fim-de-Semana deste jornal Luís Kandjimbo foi igualmente agraciado pelo departamento ministerial dirigido por Jomo Fortunato, por sinal, à data da sua nomeação igualmente colaborador desta Casa de Imprensa.

Comentário

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*


Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.