Por Alfredo Dikwiza/Jeremias Kaboco
Uíge, 28/11 (Wizi-Kongo) – “Sem acção no Uíge”, ficou registrado até hoje nos anéis do “Bago Vermelho” os 31.526.706.257,80 (Trinta e Um Bilhões, Quinhentos e Vinte e Seis Milhões, Setecentos e Seis Mil, Duzentos e Cinquenta e Sete Kwanzas e Oitenta Cêntimos), autorizados em despacho presidencial número 124/19, de 18 de Julho de 2019, pelo presidente da república de Angola, João Lourenço, destinados para a construção e reabilitação da estrada nacional EN-150, do Sanza Pombo/Buengas.
Pelo mesmo despacho, na primeira série, autorizou-se, igualmente, para fiscalização, um montante de 1.526.706.257,00 (Um Bilhão, Quinhentos e Vinte e Seis Milhões, Setecentos e Seis Mil, Duzentos e Cinquenta e Sete Kwanzas), para a construção da tão cobiçada estrada, numa extensão de 89 quilómetros, isto é, do Sanza Pombo/Buengas.
Os 31.526.706.257,80 autorizados através do procedimento de contratação simplificada, pelo critério material, para adjudicação dos contractos no regime de concepção de construção a empresa ENGEVIA-Construção Civil e Obras Públicas, começando com os trabalhos em Sanza Pombo, passando pelo Kuilo Pombo, Kibianda até Buengas, integrando serviços de tratamentos das ravinas e asfaltagem da estrada.
Quanto a fiscalização, ficou a cargo da empresa GALVÃO BRANCO-Consultores Unidos Limitada, com o valor de 1.526.706.257,00. Porém, passados quatro (4 ) anos, aquele troço do município que dista a 248 quilómetros da sede da cidade do Uíge e com uma extensão territorial de 2875 km2, continua a tirar o sono da população local, funcionários públicos e não só.
Viagem dos Buengas um calvário para vida ou morte
Viajar para o município dos Buengas, província do Uíge, “não é para qualquer um”, requer mais do que sacrifício com a incerteza a pairar por ar, entre chegar na circunscrição com “vida ou morto”, devido da precariedade da estrada, que, em breve, para poupar vidas humanas, às acções da própria natureza, concretamente, das chuvas intensas/ravinas, se encarregarão em corta a livre circulação de pessoas e bens.
Pelo alarmar da situação precária daquela estrada, fica por uma questão de dias, ver a localidade que possui 78 mil habitantes, insolada do resto da região do “Bago Vermelho” e do país, por notar-se uma sonolência total quanto o andamento das obras para sua requalificação, dizem respeito.
Nem o grito de socorro da população local, funcionários públicos e activistas se ouviu até hoje, ou seja, não são tidos e nem achados, cuja solução para aquele problema, ficou apenas no papel. Entretanto, o calvário dos Buengas começa tão logo que se deixa a sede da vila do Sanza Pombo, pois dos 98 quilómetros do Sanza Pombo/Buengas, leva-se horas e horas e até mesmo dias para o destino/sede dos Buengas.
Professores e alunos do liceu do Kuilo Kambozo abandonados a sua sorte
O município dos Buengas, afirma-se como um “mar de dificuldades”. Porém, da sua comuna, concretamente, a do Kuilo Kambozo, soam os gritos dos professores e alunos que se sentem abandonados a sua sorte há tempo, em causa é a não nomeação e, concomitantemente, a publicação em diário da república da escola de 12 salas de aulas concluída há um ano.
Igualmente, a mesma escola não se encontra apetrechada (quadros e carteiras, principalmente), o que lhe retira a dignidades que poderia dar aos alunos e professores naquela circunscrição. Também, várias escolas do ensino primeiro, continuam a estudar debaixo das árvores.
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