DOTAÇÃO DA FIFA: Valores atribuídos considerados irrisórios

Por António de Brito

Santa Rita do Uíge e Sporting de Benguela consideram insignificante a quantia financeira atribuída aos clubes pela Federação Angolana de Futebol (FAF), com o objectivo de diminuir o impacto negativo da Covid-19.

Com base nos valores alocados à FAF pela FIFA, os clubes da I Divisão recebem 16 mil dólares (equivalente a nove milhões e seiscentos mil kwanzas), e os da Segundona 10 mil (cerca de seis milhões kwanzas).

Em declarações ao Jornal de Angola, N’zolani Pedro, presidente do Santa Rita, considera irrisório o dinheiro que a FAF vai atribuir aos clubes, sublinhando que não serve para pagar sequer o quinteto de árbitros. “ Só para ter uma ideia, quando jogámos na condição de visitados, em cada mês, desembolsamos com as despesas de arbitragem 12 mil milhões de kwanzas. Para não falarmos de outros gastos. Portanto, os valores que o órgão reitor do futebol nacional entendeu atribuir aos clubes é uma gota de água”, lamentou o dirigente.

N’zolani Pedro acrescentou, ainda, que o dinheiro proposto pela direcção cessante da FAF, não chega igualmente para pagar os testes da Covid-19 para jogadores, equipa técnica, pessoal de apoio e dirigentes, para a disputa de dois jogos do Girabola.

“O teste de RT-PCR, a melhor análise para identificar casos positivos da Covid-19, custa entre 76 a 86 dólares, o equivalente a 40 mil Kwanzas. O equipamento de biossegurança não fica a menos de 50 dólares. A dotação é insignificante”.

Por seu turno, Victor Saculanda, presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting de Cabinda, disse que apesar da quantia ser insuficiente, os clubes da segunda divisão tinham de receber valores iguais aos do Girabola. “ Penso que deveria ser na mesma proporção. Ao invés de dez, tínhamos de receber 16 mil dólares”, lamentou.

Via JA

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