Uíge – O administrador municipal em exercício de Ambuila, Geraldo Domingos Dendo, denunciou hoje a existência de empresas que aliciam as autoridades tradicionais fazendo falsas promessas para permitir a exploração ilegal de madeira na localidade.
Em declarações à Angop, o responsável disse que os “garimpeiros” adentram as regedorias e fazem promessas falsas aos sobas locais e a partir daí começam a extracção ilícita de madeira sem o conhecimento da administração municipal.
A exploração ilegal de madeira em Ambuila, é favorecida pela complexidade territorial do município, falta de vias de acesso e meios técnicos para fiscalização.
“Muitas vezes, esses garimpeiros abrem caminhos distantes para não serem facilmente detectados e têm a cooperação de muitos aldeões em troca de alguns bens, mas a contrapartida é muitas vezes insignificante, se se tiver em conta o quanto lucram das matas deste município”, lamentou o responsável.
Ambuila é dos maiores produtores de madeira da província do Uíge, mas as empresas de exploração de madeira que actuam na localidade, nem sempre têm licenças de exploração.
Para se pôr fim a esta situação, segundo o gestor, é necessário que as estruturas afins, a nível provincial, reajam, defendendo igualmente a necessidade de uma maior cooperação das populações em denunciar tais práticas.
O munguba, a moreira, manga, kibaba e a tiba, são as espécies de madeira mais abundantes em Ambuila.
O município de Ambuila está localizado a 100 quilómetros a sudoeste da cidade do Uíge. Tem uma população de 16 mil e 654 habitantes (censo de 2014), distribuídos em 53 povoações e uma comuna (Quipedro).
Via Angop
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