Esperança de vida e de assaltos resumido em 24 horas no Uíge

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 26/03 (Wizi-Kongo) – A sede da província do Uíge, que igualmente responde pelo mesmo nome do município, há tempos deixou de ser um local seguro para viver, através da onda de mortes constantes e também assaltos praticados por marginais à luz do dia e de noite e, por essa razão, os cidadãos estão agora com a esperança de vida e de assaltos resumido em apenas 24 horas.

As recentes mortes a queima-roupa com armas de fogo (todas causadas por marginais), entre as quais duas vítimas foram professores e outros civis, causou choques graves no seio dos munícipes locais e não só que, concomitantemente, veio provar mais uma vez que as coisas por aqui vão de mal ao pior, tendo, por essa causa, aumentado a insegurança entre as famílias.

Em declarações hoje, sábado, ao Wizi-Kongo, alguns oficiais afectos ao SIC/comando provincial da PN (não quiseram ser citados), depois de reconhecerem da gravidade dos factos e do grito constantes dos munícipes que perdem os seus bens/parentes quando os marginais actuam, defenderam um reforço urgente das esquadras existentes nos bairros, bem como vigilância máxima por parte das famílias, que, por viverem nos locais onde os marginais também residem, são seus conhecidos, mas essas mesmas famílias em algumas vezes não ajudam o trabalho da PN/SIC, por saberem os pais deste ou aquele bandido que tira sossego na zona.

“Urge a necessidade de melhorar as condições de trabalho das esquadras nos bairros, principalmente, bem como no reforço de homens e também com meios rolantes, desta forma, será possível realizar rondas seguras em qualquer momento (dia/noite), para desmantelar os grupos existentes e levar os seus autores as contas com a justiça, mas assegura-se que a polícia encontra-se preparada e não medirá esforços em repor a tranquilidade dos cidadãos”, concluíram aqueles oficiais.

Ao abono da verdade, nos últimos meses, sair de casa e voltar com vida ou estando na sua residência, em 24 horas, sem sofrer principalmente assalto e na segunda hipótese morte, bem como violação, é uma questão de sorte, uma vez que, estes males estão acontecer nas ruas da cidade, dos bairros periféricos, onde os becos, são os locais mais fatais e, estes actos acontecem com uso de armas branca, de fogo e outros objectos, dia e noite, respectivamente.

Os autores destas práticas saíram das zonas de esconderijos (bairros não tão periféricos da cidade), como antes actuavam e, por hoje, já fazem das suas nos bairros periféricos e no centro da cidade, igualmente, os modos de acção conheceram novas fórmulas, pois que até à luz do dia, num abrir e fechar dos olhos, as coisas ruins acontecem, quando antes tais actos tinham mais predominância a noite, em zonas isoladas, escuras e nos locais com maior dificuldade de presença das forças da ordem e segurança.

A situação que vive a sede da província do Uíge nos últimos tempos, é de extrema aflição para sua gente e, apesar do reconhecido esforços quotidiano evidenciado pela Polícia Nacional local, na finalidade de manter a ordem e a tranquilidade dos cidadãos, mas pelos resultados daquilo que se vê nos últimos meses, estão aquém de cumprir com o seu lema: (manter a ordem e tranquilidade).

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