Por Jeremias Kaboco/Alfredo Dikwiza
Uíge, 28/05 (Wizi-Kongo) – O escuro desperta qualquer um durante a noite, por ser um cenário que retira a maior visibilidades aos olhos humanos e a beleza da natureza neste período, para inverter o quadro, nos centros urbanos, principalmente, é necessário um “exercício engenhoso”, que, tal, aconteceu na melhoria da iluminação pública a nível das ruas da cidade do Uíge, depois de um trabalho de real aceitação, levado acabo pela administração municipal local, liderada por Emílio de Castro.
Numa entrevista concedida hoje, quinta-feira, nesta cidade, ao Wizi-Kongo, o administrador municipal do Uíge, Emílio de Castro, reiterou primeiro a sensação de insegurança que existia no seio dos munícipes, sobretudo, nas vias que dão acesso às escola de grande dimensão e de igual modo as ruas principais, capazes de garantir com que a polícia nacional faça com mais eficácia a manutenção da ordem pública de tal maneira que também o cidadão se sinta seguro porque na verdade foi sendo um trabalho espinhoso para as forças da ordem, já que a cidade encontrava-se às escuras.
Para isso, foi preciso ter a capacidade e responsabilidade em dar ouvidos os vários clamores da polícia e da própria população. Na verdade, confessou, não é fácil assegurar a iluminação pública porque as despesas com este serviço são caras, mas naquilo que tem sido o gesto de responsabilidade social de algumas empresas, essas fazem um orçamento com uma certa acessibilidade e, com isso, a administração levou acabo os trabalhos de melhoria da iluminação pública, com vista a manter a segurança dos munícipes, diante de pessoas do mal, por lado e por outro para dar outra imagem desta cidade no período nocturno.
Wizi-Kongo – Há anos atrás este portal escreveu muitas notícias sobre o apagão que existia em varias ruas da cidade do Uíge, hoje, nota-se uma diferença na recuperação das mesma. Que métodos a sua administração utilizaram para inverter o quadro?
Emílio de Castro – O que é muito importante no meu ponto de vista na verdade é preciso que as instituições interagem com as comunidades. Na cidade do Uíge, todos nós testemunhamos que foi sempre uma cidade nas escuras, louvamos o governo central que transportou a energia da barragem de Kapanda (Malanje) para a cidade do Uíge. A província tem muita energia e que não é consumida, um clamor que sempre foi tanto dos munícipes como da polícia “era a escuridão nas ruas” que servia aos marginais para a realização das sua façanhas “assaltos a mão armada aos estudantes nocturno, violações e muito mais”, então nós tínhamos que analisar isto e como matéria de análise, vimos que era necessário a iluminação pública.
Embora ainda faltam algumas ruas, mas esse exercício já realizado foi muito engenhoso naturalmente com ajuda de algumas empresas. Tivemos uma empresa com preços altos e muito lenta na execução, substituímo-la e essa nova firma é mais rápida e com orçamentos acessíveis, dai, termos os frutos que podemos observar na cidade do Uíge, às noites. Lamentamos agora, pois, estamos parados, mas a nossa vontade é continuar de modos que paulatinamente ir garantindo este bem aos munícipes. Parámos porque temos uma discrepância com os órgãos de pagamentos, sobretudo as finanças que não aceitam pagar estes serviços, nós fizemos de facto com pouco que temos, não tem sido fácil para efectuarmos os pagamentos.
Neste momento não podemos avançar, temos que repor alguns postes que já se encontram apagados e estamos ameaçados voltarmos pela situação anterior que é preocupante, mas interagia sempre com o governador, Pinda Simão, porque o mesmo mostrava-se também preocupado com a situação da iluminação pública, por formas que os cidadãos se sintam a vontade. Na verdade podemos fazer tudo, mas sem a segurança é um caso sério nos marginais que são tão violentos e actuantes que não deixam espaço para que a população se sinta a vontade e enquanto voltar a acontecer a escuridão na cidade do Uíge, o perigo será maior, mas nós garantimos fazer esforço e com o apoio do governo provincial, vamos dar a resposta na continuação da recuperação e a expansão da iluminação pública na cidade do Uíge e nos bairros periféricos.
Igualmente, há anos, o Wizi-Kongo publicou matérias sobre o desaproveitamento dos jardins, passeios e lancis. De realçar, neste momento nota-se uma pequena nova imagem. Queira nos dizer como a administração do Uíge na sua gestão virou esta página?
Nós temos que ter a compreensão e a capacidade de interpretar as cidades, sempre mereceram esses locais também, estivemos décadas e décadas de anos que não se via nenhuma flor e nenhum brilho nos jardins da cidade. Os jardins transformados em lixeiras e as lixeiras em matagais, mais identificámos também este problema, que, é muito importante e ao interagir com a população, ela exige a reposição dos jardins, passeios e lancis.
Estes arranjos solicitados, levou-nos a necessidade de recuperar, para começar, com os espaços verdes. Também temos tido dificuldades em termos de pagamentos, porque as vezes são negadas às despesas, mas a população pressiona a existência destes espaços e quer ver isso na prática e, nós, ficamos entre a espada e a parede. Entretanto, procuramos formas como repor este valor tão importante e que faz bem a saúde mental para bem dos munícipes.
Não foi fácil, estamos a continuar e vamos continuar, não vamos recuar, queremos ver a nossa cidade com jardins recuperados na totalidade. É uma satisfação para os dirigentes, ver a cidade respirar de um ar saudável, porque não vamos só falar dos jardins, também a política de arborização das cidades, para isso, temos que continuar a agir, por um lado, por outro lado, temos problemas dos passeios que estão completamente danificados. Foi se fazendo escavações por todo lado e deixaram as áreas cavadas abertas, quebraram os pavões.
Na verdade, é, vergonha enquanto começarmos a olhar uma cidade como essa cheia de buracos, porque o munícipe não circula convenientemente, pois alguns cidadãos, acabam por lesionar-se enquanto caminham. Portanto, temos também este projecto na nossa carteira e em breve trecho vai começar a mover e tratar também os passeios, para que os cidadãos tenham mobilidade com uma certa segurança. Vamos fazer há curto tempo, apesar de sempre naquilo que falamos, no caso, as verbas financeiras para o seu efeito, mais buscando a inteligências e com o apoio do governo da província, será possível mitigar para que cada momento que passa, possamos dar ao munícipe alguma melhoria em tudo, porque as nossas cidades ficaram muito desorganizadas e sem qualidades, para isso, muita coisa ainda temos por fazer.
Aliada a essa situação dos passeios e lancis, temos a doença dos edifícios, necessitam de uma nova roupagem a fim de mudar a imagem dos edifícios. Vamos procurando formas de dar uma mínima resposta ou mobilizando os próprios munícipes para que possamos dar as nossas mãos no sentido de vermos alguma mudança, para dignidade à nossa cidade e as pessoas notarem que vivemos numa cidade diferente nos dias de hoje.
Senhor administrador sobre os assentos na via pública, concretamente, no troço Uíge-Kitexe e vice-versa uma iniciativa louvável, o que nos oferece diz?
Concretamente falando, estes assentos são considerados de abrigos com a função de acomodar as comunidades rurais, sobretudo, nas paragens que as vezes não tem abrigo nenhum, então fomos observando na nossa transição de passagem que estes locais estavam descobertos e a população costumava passar mal com a chuva e sol, naturalmente, assim com a preocupação do governador Pinda Simão, gizou-se algumas orientações a nível do governo da província no sentido de criar estes abrigos.
Além da via do Uíge/Kitexe, este projecto dará continuidade nas outras estradas de ligação Uíge/Songo e Uíge/Mukaba e vice-versa, respectivamente. Nos últimos dois troços as obras não terminam, cujas empreitadas estão asseguradas por duas empresas. A primeira empresa, responsável da obra Uíge/Kitexe já terminou com os trabalhos. A outra, encarregue nas linhas do Uíge/Songo e Uíge/Mukaba teve alguns problemas com a justiça local, por isso, não se viu os acentos colocados naquelas vias pública.
Garantimos que até fim de Junho do ano em curso irá reiniciar as obras e, assim, teremos mais pormenores orçamentais e a empresa envolvida na empreitada avançar com a execução dos serviços. Na verdade estes abrigos são muito importantes e tem ajudado muito a população rural e também nos sentimos orgulhosos por aquilo que realmente tem sido a avaliação das comunidades e por final este projecto serviu pata acudir as comunidades mais vulneráveis.
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