Feitos de Matadidi Mário glorificados em Luanda

Luanda – O musico angolano Matadidi Mário foi homenageado em Luanda, durante um concerto realizado no Palácio de Ferro, pela longevidade (mais de 40 anos) e solidez da sua carreira, assim como pelo seu contributo em prol da cultura nacional.

A festa iniciou com a actuação da Orquestra Inter-Palanca (criada pelo protagonista da noite), que interpretou os temas Valódia , Muan’Angola, Tusala , Paciência e o seu grande “hit”  Wele Neto, que mereceu grandes aplausos da meia centena de espectadores presentes no local .

A homenagem foi uma iniciativa do artista Teddy N’singui, tendo a sua segunda fase ficado marcada com a entrada em palco do “homem da noite”, que com os seus toques de dança contagiou os presentes, interpretando sucessos como a “A nossa terra é boa”  e “Bakokosa”.

No concerto, enquadrado na III Trienal de Luanda, o também conhecido “Show Man Number One”, cantou igualmente “O camarada presidente disse” e “Volta camarada”, músicas que marcaram os angolanos no período da luta armada.

Falando aos presentes, o músico mostrou-se satisfeito por fazer partes de uma classe de cantores que deram o seu contributo na luta de libertação, entoado temas que mostrava  ao povo a importância da paz e da liberdade.

Matadidi Mário Buana Kitoko nasceu em 1942 na província do Uíge, e começou a cantar a partir dos anos 60. Entre 1961 e 1975 viveu na antiga República do Zaíre, actual República Democrática do Congo (RDC), onde em 1962 fez parte da “OD Jazz”.

Anos depois, criou o “OD Negro”, e durante a sua estadia em solo congolês teve ainda passagem pelo “Veve de Vercys”, antes de 1972, ano em que funda o “Sosoliso” e o “Trio Madjesi”, com Djeskain e Saak Sakul Sinatrá.

Refira-se que Matadidi participou no espectáculo que aconteceu durante o combate de boxe entre o falecido Muhamaad Ali e George Formam, no estádio 20 de Maio, em Kinshasa (1974).

Entretanto, a homenagem de hoje acontece seis meses depois da segunda exibição da Orquestra Inter-Palanca em Angola, mas sem a presença de Matadidi, como mentor e líder. A primeira aconteceu a 12 de Novembro de 1976, na Cidadela Desportiva.

A III Trienal de Luanda teve início no passado dia 01 de Novembro de 2015 e vai até finais de Agosto do corrente ano, sob o lema “Da utopia à realidade”, visando resgatar, preservar e divulgar as obras e os criadores angolanos que trabalham para o desenvolvimento cultural do país.

Via Angop

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