FORMAÇÃO PROFISSIONAL: Falta de meios de ensino contribui para baixa qualidade dos formandos

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Por António Capitão 

Uíge, 23/11/20 (wizi-kongo) – A insuficiência de meios de ensino para aulas práticas e teóricas são elementos fundamentais para a baixa qualidade dos formandos dos centros de formação do Instituto Nacional de Formação Profissional (INEFOP) no Uíge, afirmou o director do cento de formação do bairro Quigima, na cidade do Uíge, Bozardo Bongo. A identificação deste principal problema na formação técnico-profissional, foi revelada pelo formador do INEFOP na apresentação da sua monografia para obtenção do grau de licenciatura em ciências da educação, na especialidade do ensino da pedagogia, tendo afirmado que a falta destes materias didácticos condicionam fortemente a qualidade dos técnicos formados por esta instituição pública.

Das investigações feitas, Bozardo Bongo concluiu que a falta de meios de ensino está na base da baixa qualidade dos alunos na formação profissional, tendo em conta que os mesmos permitem conciliar a teoria com a prática, sobretudo na habilidade de manuseio das ferramentas e outros materiais ligados à profissão. “A falta de habilidades no manuseamento dos poucos recursos didácticos tem dificultado na percepção dos conteúdos ligados às várias variantes da formação profissional, com realce à electricidade.

Por isso, os alunos têm dificuldade em aperfeiçoar o manuseamento destes materiais”, disse. Sublinhou que a falta de recursos financeiros dificulta a aquisição de materiais de ensino para o bom desempenho dos formandos. O mau uso destes equipamentos desmotiva a aprendizagem dos alunos nos centros de formação, uma vez que o uso frequente dos mesmos ajuda no desenvolvimento cognitivo e emocional dos aprendizes.

Bozardo Bongo sugere que os centros apostem mais na aquisição de meios de ensino suficientes para o alcance da qualidade desejada dos formandos, que sejam realizados seminários de capacitação para os docentes dos centros de formação para que adquiriram habilidades no manuseamento dos poucos recursos didácticos que influenciam na percepção dos conteúdos ligados aos cursos.

“É necessário que as entidades de direito aloquem recursos financeiros para a aquisição de materiais de ensino e aprendizagem para o bom desempenho dos alunos e que os formandos usem frequentemente os meios de ensino para elevar o desenvolvimento cognitivo e emocional dos formandos”. No Uíge, o ensino técnico e profissional tem atraído muitos jovens que acreditam que o autor emprego seja a base para a sua afirmação técnica e económica.

Em 1998, quando foi implantado este segmento de ensino, haviam apenas 14 centros de formação. Atualmente, existem 214 instituições de ensino técnico-profissional, um aumento de cerca de 1.646 por cento. Depois de apresentar o trabalho de fim-do-curso de curso e ser avaliado pelo corpo de júri com várias perguntas, o colectivo de juízes decidiram, por unanimidade, atribuir a nota final de 16 valores pela pesquisa efectuada e recomendaram que a entidade que superintendente a formação técnica e profissional no país releve e corrija os problema apresentados como factores da debilidade neste seguimento de ensino em Angola.

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