General Fragoso lamenta tratamento dos antigos combatentes do Uíge

Por Alfredo Dikwiza

Luanda, 26/01 (Wizi-Kongo) – José Adão Fragoso, general, politólogo e activista cívico e dos direitos humanos, antigo funcionário sénior do Secretariado do Conselho de Ministros, lamentou, neste sábado, a maneira como são tratados os antigos combatentes a nível do país, em particular, os da província do Uíge, ganhando 25 mil kwanzas, por mês.

Em declarações exclusivas ao Wizi-Kongo, minutos depois do fim da conferência de imprensa que visou baptizar o partido “Os Crentes” de Brigadeiro 10 Pacotes, no Cine África, no Kazenga/Luanda, José Fragoso, chamou de desumano pagar 25 mil kwanzas, por mês, em alguém que lutou para alcance da independência de Angola, isto é, pior que isso, é ver os chefes de hoje que nada fizeram por Angola, estarem na lista dos milionários do mundo, quando milhares destes compatriotas que deram tudo de si a favor dos angolanos, epassarem por todo tipo de necessidades.

“Vivo triste porque em Angola morreu muita gente para alcançar a independência nacional, depois do alcance deste objectivo, morreu mais gente ainda e os que se encontram vivo, ao abono da verdade se afirma que também estão mortos, porque não é normal um antigo combatente esteja a ganhar 25.000,00 por mês, um valor que não serve para nada a julgar pelo modo de vida dificílimo que se implementou em Angola, por vontade própria de quem governa este país”, lembrou, com um semblante baixo, José Fragoso.

Continuo, é triste ver uma Angola rica, repleta de tantos recursos naturais, mas que a maior riqueza do país, no caso, os recursos hídricos não são aproveitados para agricultura, cujo passado reserva que tudo que era consumido, produzia-se localmente, hoje, é ao contrário.

Rendido às qualidades de Brigadeiro 10 Pacotes, o também enfermeiro de profissão, considerou o líder dos Crentes como sendo um jovem que o surpreende, que mostra ocupar o espaço daqueles que um dia lutaram para o bem-estar deste país e da sua gente, dai, ter apelado a necessidade de ser acompanhado por demais jovens, para, que, nesta luta o país possa prosperar e garantir um futuro melhor.

Brigadeiro 10 Pacotes é muito corajoso, admitiu, José Fragoso, nota-se que deixou as suas condições garantidas de vida onde há 10 anos vive, França, e voltou para Angola, num país em que varias vezes foi perseguido a morte e, ainda assim, continua firme a lutar pelos direitos e deveres que os seus contemporâneos devem merecer.

O ainda escritor, recordou na entrevista ter já lançado cinco obras literárias, nomeadamente, “testemunho a fuga do 27 de Maio de 1977 e suas consequências trágicas”, publicado em 2005, em Portugal, num livro onde retrata que um dia alguém “iria incendiar o rabo-de-palha e pegar fogo, que chegaria uma ventoinha qualquer e deixar cair o tronco e suas folhas espalharem-se”.

Cuja segunda obra, retrata das “teses de Nito Alves”, onde afirmara numa das suas passagens que o “MPLA contra si mesmo, as mentiras pareciam ser verdade”. Entretanto, Fragoso, voltaria a publicar a terceira obra intitulada “os matadores”, livro este onde consta as caras de Agostinho Neto, Copelipa, José Eduardo dos Santos, Rui Ferreira”, entre outros.

Em seguida, publicou outros dois livros, um dos quais com os “poemas de Nito Alves”, onde inspirou-se com o poema “não matem a minha morte, quero ver cair os hipócritas e os ladrões e aqueles que comercializam a nossa liberdade”, cujo momento corresponde com os dias de actual estado, acrescentou.

Nascido a 14 de Agosto de 1948, na localidade de Kaxikane/Katete, José Adão Fragoso, filho de pais domésticos, entre outras formações académicas, é Licenciado em Ciências Políticas e Administração do Estado, Mestrado em Direito Administrativo, igualmente, politólogo e activista cívico e dos direitos humanos, antigo funcionário sénior do Secretariado do Conselho de Ministros e é general.

Neste momento, é candidato para as autarquias no município do Catete, pela UNITA,

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