Por Danielle Stescki
Segundo a imprensa angolana, o hospital regional, construído e equipado com tecnologia de última geração, tem capacidade de internamento para 84 camas, possui áreas de consultas externas, ginecologia e obstetrícia, cirurgia, odontologia, laboratórios de análises, hemoterapia, bloco operatório, raio x, reanimação, medicina geral, planeamento familiar materno-infantil e uma morgue com 12 gavetas.
No entanto, em entrevista à Voz da América, o activista Rey Daddyx Manda Chuva lamentou a inauguração do hospital pelo governador Pinda Simão porque faltam técnicos, médicos, enfermeiros, sangue no estoque, materiais e medicamentos.
Ele, a família e os amigos já foram ao hospital em busca de atendimento, mas explicou que ainda é preciso ir tratar-se nos postos médicos, porque a estrutura hospitalar não oferece as condições necessárias.
“Acredito que é simplesmente um hospital para se tratar paludismo“.
Sobre concursos para preencher as vagas de emprego no hospital, o activista disse que houve um concurso público no ano passado organizado pelo Governo central, mas apenas uma médica está a trabalhar no hospital de Quimbele.
Resultados
Em Dezembro, Manda Chuva denunciou numa entrevista à Voz da América a situação precária da saúde e da educação, além da falta de infra-estrutura nas comunas de Icoca, Cuango e Alto-Zaza. O activista disse que a denúncia colaborou para a exoneração do administrador municipal do Quimbele, Manuel João.
“ Acredito que as denúncias que eu e muitos de nós temos feito fizeram com que o governador muitas vezes desacreditasse nos relatórios do ex-administrador Manuel João”.
Segundo o activista, o administrador foi à procura de Manda Chuva para tentar influenciá-lo.
“Tentaram corromper-me, até aliciaram-me para ver se eu estava a precisar de dinheiro ou se estava a precisar de algum emprego”.
Manda Chuva disse que não precisava de dinheiro e nem de emprego.
“Eu estava a precisar das condições condignas para aquele povo, para aquela terra que me viu nascer”.
O activista fez um apelo à Ministra da Saúde, Silvia Lutucuta.
“Que faça um trabalho de campo em busca da realidade e não fique apenas em Luanda. Todas as estruturas inauguradas devem ser fiscalizadas. Aconselhamos a ministra que vá ao Quimbele e a outros municípios da provincia do Uíge para poder constatar in loco o que se vive”.
Confira a entrevista.
Via Voanews
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