Por Alfredo Dikwiza
Uíge, 21/09 (Wizi-Kongo) – O hospital provincial do Uíge, negou, nesta terça-feira (19/09), apoios que iriam garantir as despesas na transferência para Luanda da menina Isabel Guilherme (14 anos de idade), que sofre de uma patologia rara, denominada “Mielomeningocele” descoberta recentemente pela médica de nacionalidade cubana, Jamilé Alvaz, especialista em medicina, colocada no hospital municipal do Katapa.
Isabel Guilherme, sofre de uma doença rara (numa das regiões da coluna vertebral), que a levou nascer com malformação congénita, por causa disso, ela defeca e urina-se sem dar conta, ou seja, sem a sua vontade, mas ao descobrir da patologia que ela sofre, determinou-se a necessidade urgente de ter que passar por uma cirurgia, em uma das unidades hospitalares de referência, no caso, em Luanda.
Além disso, a condição de vida da Isabel Guilherme corre sérios riscos cá na terra, se, por ventura, não for submetida a uma intervenção cirúrgica em curto tempo e, depois, seguir por um período não determinado a fim de garantir a recuperação por via de fisioterapia, de acordo com os dados apurados no hospital do Katapa, sobre o estado da menina.
Quando chegou no hospital provincial, depois de ser transferida do Katapa, a maior unidade sanitária da região (hospital provincial), negou custear as despesas da doente durante o tempo que ficará em Luanda, peplo que, pediu aos pais da menor que criassem primeiro as condições financeiras e só assim será transferida para Luanda, soube hoje, quinta-feira, Wizi-Kongo, de fontes confidenciais no hospital provincial.
A fonte rematou que, a mãe biológica da menina, nada pude fazer, sabendo que vive em condições lastimáveis e carece de tudo por um pouco para ter que comer e, “o não do hospital provincial”, foi tido como “um balde de água fria” despejada no corpo, pois, que, quando se anunciou a ida para Luanda, acalentou as esperanças da família e não só, em ver minimizada as condições de saúde da Isabel.
Recorda-se que, na manhã de terça-feira (19/09), dia em que saia de casa para hospital do Katapa na esperança de ser transferida para Luanda, Isabel Guilherme, despedia-se dos irmãos e não só, com as seguintes palavras: “vou trazer pão”, “voltarei bem”, ”não chorem”, infelizmente, horas depois, a desilusão tomou conta de si e dos demais que tanto almejavam que ela viajasse.
Nascida em 2009 com malformação congénita, Isabel Guilherme, agora com 14 anos de idade, a família deu conta do que sofria quando já tinha três (3) de vida e, é a primogénita, entre os quatro (4) irmãos que são. Entretanto, Isabel, fica, cada vez mais, adiando o sonho de um dia vir a tornar-se médica ou psicóloga.
O portal Wizi-Kongo, tudo fez para ouvir a directora do gabinete provincial da saúde no Uíge, mas sem sucesso, igualmente, sem sucesso ficou por não conseguir falar com a direcção do hospital provincial.
Mielomeningocele, é uma doença de malformação congénita da coluna vertebral do feto, que, ocorre no início da gravidez, fazendo com que, os ossos da coluna do bebê não se desenvolvam adequadamente. Deste modo, a criança que nasce com este defeito pode desenvolver problemas graves, como hidrocefalia e paralisa cerebral.
É possível realizar o diagnóstico durante a gravidez. A identificação da malformação de modo precoce oportuniza a realização da cirurgia fetal de correcção, minimizando, assim, as sequelas.
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