IGAE DEFENDE-SE E ADMITE NÃO “SILENCIAR” DENÚNCIAS DE CIDADÃOS

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 24/07 (Wizi-Kongo) – A coroada provincial do Uíge da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), defendeu-se hoje, segunda-feira, ter uma produção significativa que mede-se pelo número de processos abertos e concluídos e admitiu não optar na prática de silenciar denúncias apresentadas por cidadãos da região, estando controlados mais de 100 processos só neste trimestre do ano em curso.

Reagindo do contraditório solicitado pelo Wizi-Kongo, sobre a denúncia do desvio de kits de mecânica no Centro de Formação Profissional do Kigima, o delegado da IGAE no Uíge, Francisco Sobrinho, disse ser falsa e, assegura que, a partir de agora passa a ser uma denúncia e que se irá averiguar a veracidade dos factos, em caso de haver desvio dos materiais os implicados vão ser detidos e não haverá contemplação.
Admitiu que a instituição que dirige sempre trabalha para servir com muita dedicação e zelo o Estado e, por essa via, o cidadão de todas as comunidades, porém, acrescenta que, não pactua com práticas de corrupção e como prova é o trabalho que se realiza em todos os serviços públicos da província, dando a conhecer em primeira instância pedagogicamente os funcionários no sentido de pautarem pelas boas práticas, respeitando sempre a lei.

A denúncia de que o Wizi-Kongo teve acesso de uma fonte confiável, avança que, o inspetor da IGAE, Armindo Sengo da Silva, vulgo “Miló” coloca-se na posição de defesa das denúncias quando o infrator é pessoa de sua confiança e, para tal, atua com imparcialidade impediu que as mesmas chegassem ao conhecimento do delegado.

“Material pertencente ao Centro de Formação Profissional do Kigima no âmbito do programa PAPE tutelado pelo MAPTESS, no início da formação os formandos foram orientados para que cada um adquirir-se o kit de formação em mecânica, mas quando os formandos seguiram com o curso, o responsável do Centro alegou que já não tinha os kits, dias depois, o mesmo material desviado do Kigima foi encontrado a venda na oficina mecânica do Seben, na subida do bairro Candombe-Velho”, referiu um procurador.

De seguida, explica a fonte, os formandos ligaram para a IGAE, não tardou apareceu uma viatura na referida oficina, mas não estava a aguardar a IGAE para acomodar o material e, compulsou-se alguém que estava na viatura como sendo compadre do inspetor que havia recebido uma notificação. “Não apareceu a IGAE e, sim o funcionário do MAPTESS, ligado ao inspetor, que despertou-o no sentido de ir até a oficina para retirar o material que era pertença do centro do Kigima”, concluiu.

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