IGREJA ANGLICANA EM ACTO DE DOAÇÃO DE SANGUE A MATERNIDADE DO UÍGE

Foto: Jeremias Kaboco| Dom Augusto Domingos, bispo da diocese de Cristo Rei/Uíge.

Por Jeremias Kaboco|Alfredo Dikwiza

Uíge, 26/10 (Wizi-Kongo) – Um total de 20 bolsas de sangue foi doado a maternidade municipal do Uíge, por parte dos membros da Igreja Evangélica Unida Comunhão Anglicana em Angola, com vistas a corresponder as gritantes solicitações na falta deste liquido naquela unidade hospitalar, que por média, realiza aproximadamente 40 partos, dia.

“É um acto de solidariedade em resposta a falta de sangue por vezes nesta maternidade municipal do Uíge, por ser um local onde todos os dias testemunha-se o nascimento de vidas humanas e as mães ficam preocupadas quando acontece momentos menos bons em que alguém esteja a necessitar de sangue”, referiu o Bispo da Igreja Evangélica Unida Comunhão Anglicana em Angola/diocese do Uíge, Dom Augusto Domingos, em declarações ao Wizi-Kongo.

 

Augusto Domingo, disse não ser a primeira vez que a sua congregação realiza acto de género, mas este ano, sim, tendo sublinhado que, igualmente, têm estado a doar cestas básicas para pessoas necessitadas, a exemplo as da terceira idade, bem como na realização de actividades de preservação do meio ambiente, por via de limpezas e de plantação de árvores.

Para o secretário-geral da juventude da referida igreja, Inocêncio Zola Tavares Bungo, considerou ser um acto sagrado que demonstra amor ao próximo, de acordo às escrituras veneradas que exortam amar a Deus acima de tudo e, é no objectivo de salvar vidas que a igreja mobilizou-se.

Inocêncio Bungo apelou os jovens congregados em associações filantrópicas e não só, seguirem este exemplo em doar o sangue para ajudar os mais próximos que estiverem carentes por este líquido.

Por sua vez, a directora da maternidade municipal do Uíge, Fernanda Elsa Alberto, depois de louvar o gesto de solidariedade da igreja, fez saber que, trabalham com o sangue e, por média, realizam aproximadamente 40 partos/dia e, geralmente, 4 a 5 mulheres acabam ter problemas de hemorragias pós parto, para tal, imediatamente, devem ser submetidas outro sangue.

“Com essas complicações, a necessidade de sangue a nossa maternidade tem sido maior, mas nem sempre temos um stock suficiente na hemoterapia porque, temos as vezes, deficiências principalmente na diferença dos grupos sanguíneos”, esclareceu.

Aquela responsável admitiu que, os grupos sanguíneos que são mais difíceis de achar é o ORH negativo e as vezes B/A positivo. Entretanto, apesar de ser uma maternidade municipal, ainda assim, recebe pacientes provenientes de outros municípios onde não possuem especialistas capazes de submeterem as mulheres que chegam ao quadro de intervenções cirúrgicas e, muitas delas, chegam na cidade do Uíge sem familiares.

“Para isso, temos de ter sempre o nosso stock com algumas reservas, capazes de responder as situações de pessoas que não tenham família para doar ou naquelas situações urgentes”, concluiu.

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