Por Alfredo Dikwiza
Uíge – Um ilustre desconhecido na arena desportiva nacional, o Rascimento do Uíge, há três anos consecutivos vai dando que falar e a dominar em pleno a modalidade de andebol em Angola, na categória de juvenis masculino.
Os comandados de Constantino Diboxi, iniciaram com a eusádia, em 2016 e no ano seguinte, isto é, 2017, voltaram a repetir a proesa na província de Malange e, muito recentemente, rebataram o título de campões nacionais pela terceira vez consecutiva, numa prova realizada na província do Huambo, que contou com equipas de várias regiões do país.
As equipas campões de Angola, como Petro de Luanda, 1 de Agosto, ASA, Progresso do Sambizanga, entre outros, há tempo foram legadas nas segunda, terceira, quarta, quinta e sexta posição, respectivamente, “sem se dizer as demais do Uíge”, tudo porque o pequeno “David” chicoteia, como nunca antes visto, os “Golias”. Ao abono da verdade, essa equipa, localmente trabalha em condições dificeis, como na falta de bolas, recinto de treinos, transporte, alimentação e tanto mais, mas quando chegaa nas competições nacionais, torna das dificuldades de várias ordens vividas, em garras para triúnfarem sem deixar dúvidas a ninguém.
Tem sido assim, alias, venceram os dois nacionais antes, sem nenhuma competição local, no caso, um campeonato provincial, que serveria como um trampolim para dar endurance e ritmo competetivo aos andebolista, assim como ao treinador saber orienta-los melhor e corrigir os erros e daquilo que não estava a ser materializado nas sessões de treinos.
Ainda assim, as duas ocasiões que se fizeram presente na competição, isto é, os nacionais da modalidade, a brava equipa não foi ai apenas participar, mas sim jogar de igual para igual e olho no olho, rumo as vitórias e colocar o nome da província no topo. Desta vez (2018), a equipa foi no palco da competição com vários jogos nos pés, já que nos fins de 2017 a associação local, chefiada por António Vezua” Turbo”, reuniu com as demais equipas e organizaram o campeonato provincial, cujo acto inaugural contou com a presença do presidente da Federação Nacional de Andebol (FNA), Pedro Gudinho.
Para o êxito do provincial/2017, valeu a intrega das equipas, entre outras, como Santa Rita FC, FC do Uíge, Renascimento e Construtor, com os jogos a serem realizados no mesmo recinto, o Pavilhão do FC do Uíge, apenas aos fim-de-semana. Hoje, tal como aconteceu nas edições anteriores, a equipa realizou uma passeata em diversas arterias da cidade, com objectivo de mostrar a taça aos uigenses e de certo modo agradecer o apoio que têm recebido direito ou indireitamente das pessoas.
Entretanto, as equipas do Uíge com nome de peso a nível nacional, como Construtor e FC há tempo foram legados para o fundo do “bau”, quer em futebol e em demais modalidades. ” Mais uma missão foi alcançada com êxito, antes da nossa ida a competição tivemos que depender de terceiro no que custiar a viagem e alimentação dos atlas diz respeito e, depois de muitos solussos, conseguimos se fazer presente na prova e hoje, o resultado é este se está festejar”, disse ao wizi-kongo, o treinador do Renascimento, Constantino Diboxi. Pedro Bigi, um desportista ferenho, admitiu que mesmo na falta de condições próprias para a prática desta ou daquela modalidade, Uíge tem sabido mostrar ser uma província a ter em conta no desporto, tal como foi nos tempos do Construtor e FC do Uíge, nas decadas 70 e 80, no Girabola, para isso, se existir apoios ninguém conseguirá parar tão facíl o brilho das equipas da terra do bago vermelho.
Wizi-Kongo
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