Uíge, 10/11 (Wizi-Kongo) – Kahama, é um mercado inter municipal/provincial, que colhe pessoas oriundas de vários pontos da região do Uíge e não só. Encontra-se localizado há um quilómetro da sede da aldeia Lukunga, município do Bungo, província do Uíge. Aos sábados, junta pessoas do meio urbano e suburbano, numa única finalidade baseada na troca e venda de produtos industriais e de campo, para subsistência das famílias, cujo incumprimento das medidas de biossegurança contra a covid-19, no local, coloca o Bungo em risco eminente de contágio.
Erguido a beira da estrada, Kahama, desde sempre funcionou aos sábados, mesmo antes da covid-19. Numa altura em que o estado angolano aperta o cerco no combate a essa doença, apelando constantemente ao cumprimento das medidas de biossegurança individual e colectiva, naquele local, não se faz respeitar as referidas medidas, entre os usuários, colocando, deste modo, em risco as demais pessoas que ai frequentam, caso, uma pessoa esteja infectada da covid-19.
O mercado possui quatro naves, todas cobertas com chapa de zinco, bancadas devidamente construídas e numeradas, com espaços aceitáveis, de uma a outra, chão bruto em condições, um investimento feito há uns quatro anos pela administração municipal do Bungo, com objectivo de acomodar da melhor maneira os vendedores e compradores. Incompreensivelmente, nesta época da covid-19, as pessoas preferem confinarem-se numa única nave ao invés de ocupar todas e, com isso, evitar o risco do contágio, apurou no último sábado (07/11), no local, o Wizi-Kongo, como mostram as imagens tiradas.
A continuar assim, Kahama, por via da sua gente que frequentam-no, na interacção direita dos que saem das cidades onde os casos da covid-19 já existem, poderão estar infectados e a parir deste mercado ser o ponto de partida para a transmissão da doença na circunscrição do Bungo, cujos vendedores provenientes das demais aldeias do Bungo, são os mais prejudicados, por não saberem muito do perigo da covid-19, uma vez que nas localidades onde vivem, não assistem televisão, leiam jornais e nem rádio ouçam, muito menos redes sociais usam, por não existir condições para tal, com isso, uma pessoa infectada na aldeia, será capaz de contaminar todos.
Ao abono da verdade, sequer um balde de água com sabão existe em volta do mercado. No sábado (07/11), o Wizi-Kongo, procurou manter contacto com a direcção do referido mercado, infelizmente, as portas estavam trancadas. Augura-se que, se criem as condições necessárias enquanto é cedo, para o bem da população local e não só, bem como, levar avante actividades contínuas relacionadas com a sensibilização da população sobre os risco e de como essa doença pode ser evitada.
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