Por Alfredo Dikwiza
Kimbele, 06/10 (Wizi-Kongo) – Até ao momento, o município de Kimbele, província do Uíge, só inscreveu cinco (5) candidatos ao concurso público na educação, atendendo a moda inventada pela Ministra do sector que exclui os formados no puviv e bacharéis.
Para o presente concurso público destinado apenas para licenciado e técnicos médios com formação somente no ramo da educação, nas terras dos músicos Socorro, Nzara e Dalton (os mais famosos), foram disponibilizadas 32 vagas para os grãos de 13 e 6, respectivamente, cujas inscrições iniciaram nesta terça-feira (01/10) e terão um prazo de 20 dias.
Fonte próxima do gabinete municipal da educação de Kimbele contatada hoje, domingo, pelo Wizi-Kongo, admitiu que até ao final da tarde de sexta-feira, a comissão encarregada pelo processo das inscrições aos novos candidatos, apenas cinco concorrentes deram o seu rosto à mesa, dos quais verificaram um processo para o ensino primário, igual número para o Liceu e três outros para o colégio.
Preocupado com a situação, o director do gabinete de Educação de Kimbele, Afonso Bernardo, ou simplesmente, Bakuangindo, ao constatar a morosidade inédita que o mesmo processo regista, ligou de imediato o gabinete povincial de educação da região, a fim de esclarecer dos constrangimentos e riscos que o actual concurso está a correr, um facto que esta a gerar muita polémica no seio da juventude e a população em geral, a nível dos 16 municípios do Uíge.
Para os jovens, também contactados pelo Wizi-Kongo acusam o governo de João Lourenço estar a trabalhar num bloco de colaboradores traidores da própria gestão e do partido no pder, MPLA, que ganhou as eleições legislativas de 23 de Agosto de 2017, tendo avançarem que politicamente, essas reformas desestruturadoras, vão colocando o governo em sanitas infectadas, por serem caracterizadas de brutalidade, militarismo e sem dimensões ético-profssionais.
Os mesmos referiram que deviam admitir todos a concorrerem, para que o próprio trabalho, venha a apresentar-se após as correcções. Por exemplo, o concurso de 2018 para 2019, foram apurados mais candidatos do PUNIV, do que de outras escolas, incluindo até os licenciados, e outros formados pelas escolas de Magistério Primário, “capotaram sem sucesso”, mas a ministra, não teve em consideração, esse adicional pormenor.
“A falta de qualidade de ensino em Angola, encontra-se na má concepção das ideias, tais que só tendem para a intoxicação das mentes da populaçã, resta saber, se não houver candidatos para cobrirem as mesmas vagas, ninguém tem nenhuma ideia acerca de outro ponto de vista da rainha ministra da educação, se vai autorizar ou não”, desabafaram.
A ministra também, tudo indica estar a ser influenciada com erros grassos pelos seus colegas de direcção, apontaram, acrescentado que algo que a sua cegueira não nota e nem domina, “ela esta a conduzir a educação como se fosse um veículo automóvel com uma velocidade contra indicada, em pavimento escorregadio, para isso, a única solução é: ” Ou peça sua demissão ou mude de atitudes”, afirmaram outros jovens do município de Kimbele.
A vila de Kimbele é uma das que mais cresce, em termos populacionais e possui um potencial em recursos hídricos, recursos minerais e um solo próprio para o fomento da agricultura, ainda assim, o município de Kimbele padece por muitas dificuldades, cujo grito de socorro de sua gente é o pão do dia-a-dia no que tange a melhoria das condições básicas como estradas, centros e postos de saúde, escolas, distribuição de água e energia e muito mais.
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