Paulo Tudilu, propretário da casa de produções TUDILU EVENTOS, publicou recentemente nas redes sociais, um vídeo onde o artista mais popular da rumba congolesa, Antoine Christophe Agbepa Mumba “Koffi Olomide”, faz claramente propaganda do MPLA e do seu candidato João Manuel Gonçalves Lourênço.
No vídeo nota-se o Koffi Olomide e as suas voluptuosas dançarinas trajadas com cores da bandeira do partido no poder em Angola.
“Viva Angola, viva Dos Santos, viva João Lourenço, viva o MPLA-Salvador. Com arecordação do passado e os desfios do presente, construamos uma Angola mais forte que nunca, o bem-estar dos angolanos é prioridade n°1”, assim canta Olomide, na língua francesa, num rítmo sustentado, com ondular de ancas das dançarinas super-sexy.
O vídeo da propaganda vai alegrar certamente o MPLA e os seus membros, na RDC, país onde o Koffi Olomide é originário, a indignação é maior, questiona-se porque razão, um artista da sua dimensão, vai intrometer-se na política de um país estrangeiro.
Alguns membros da oposição em Angola acusam Koffi Olomide de bajular em troca de dinheiro, mas os melómanos da RDC estão claro, trata-se de LIBANGA, um hábito recente na rumba congolesa, que consiste a citar nas composições musicais, nomes de pessoas famosas, empresas e partidos políticos, em trocas de muitas vantagens, entre as quais, financeiras. Pois com a crise que o artista vive actualmente, não recuaria em nada para sobreviver, comentou um internauta.
Koffi Olomide, que muitos consideram como um artista conflituoso, hesita viajar para Europa, onde é acusado de tráfico, sequestro e de violação de mulheres, algumas menoras de idade, entre as quais, as suas próprias dançarinas. O Movimento, dito “Combattants”, constituido de congoleses democráticos exilados na Europa, decretou o embargo das suas obras e as suas prestações no palco, há mais de 5 anos. Na maioria dos paises do Oeste-africano, existe mandato de captura contra ele, por não honrar os contratos assinados com produtores locais. Foi expulso recentemente no Kenya, por ter agredido uma dançarina no aeroprto international do Nairobi, regressando ao seu país, foi posto na prisão por alguns dias, foi libertado por falta de acusação na parte da dançariana molestada.
Confinado na sua luxuosa residência de Mont Fleury, para financiar a sua carreira e sua vida opulenta, Koffi transformou-se em propagandista de regimes no poder, no momentos das eleições, coisa que nunca fêz, ao longo da sua bem sucedida carreira musical. No seu pais, há 6 anos, fêz propaganda ao partido PPRD, o suporte político do presidente da RDC, Joseph Kabila Kabange. Em 2012 provocou a fúria dos congoleses, por ter produzido em Ruanda, para a glória do presidente Kagame e do seu partido, inimigo declarado do seu país. No Congo-Brazzaville, o presidente Denis Sassou Nguesso, fêz apelo ao Koffi para compor uma canção que punha em valor as suas realizações nos mandatos precedentes e foi reeileito.
Convidado em Angola, provávelmente por parte de empresários ligados ao partido rubro-negro, para conquistar votos de cidadãos angolanos regressado da RDC, nos seus louvores (ou bajulação) a Angola, Koffi elegiou o MPLA, por ter tranformado Angola num país emergente, um país da paz e um país de trabalho, o que é uma “honra” para África, porque trabalha para a felicidade de angolanos.
Salientámos que Koffi Olomide, de 61 anos de idade, actualmente é o líder incontestável da Rumba congolesa, intelectual ( é licenciado em ciencias comerciais na Universidade de Bordaux), convertido com sucesso em artista musical, tem mais de 40 anos de carreira, antes de ser revelado pelo Papa Wemba em 1977, já tinha composta a sua primeira canção em 1975. Desde então contribuiu activamente no sucesso do agrupamento Musical Viva la Música. Também tem obras musicais da sua autoria produzidas no Zaiko Langa langa, Ok Jazz do Francó (colaboração com Josky e Lutumba), Langa-Langa Star e no História Estétique do falecido Mbaki Debaba el Shabab, antes de fundar o seu Quartier Latin Internacional. É autor-compositor centenas de canções.
Fonte: Wizi-Kongo
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