Por Alfredo Dikwiza e Jeremias Kaboco
Uíge: – Há dez dias, as ruas e bairros da cidade do Uíge, deram lugar ao lixo, que, por sua vêz, engoliu sem piedade as artérias da urbe, depois da operadora ENGEVIA ter recusado renovar o contrato com o actual governador provincial da região, Pinda Simão. Quatro anos depois, a ENGEVIA, desta vez, recusou continuar a limpar a cidade do Uíge, por razões de uma dívida deixada pelo antigo governador, Paulo Pombolo, que, na era Pinda Simão, a empresa exigiu a liquidação da divida anterior e, só assim voltaria ao trabalho, o que não veio a acontecer.
Com isso, a ENGEVIA retirou os seus contentores, carros e homens que no dia-a-dia trabalhavam sem medir esforços para deixar a cidade do Uíge limpa. Depois da sua retirada, passado dez dias, o lixo engoliu as ruas e bairros da cidade do Uíge, deixando o meio ambiente poluído e com a maior probabilidade de aumentar os casos da malária, diárias agudas, coleira e tantas outras doenças no seio das famílias.
Para quem passa por um beco, ruas, bairro ou esquinas, de um lado para outro, nas ruas e bairros da cidade do Uíge, depara-se com montes de lixo assustadores, uma situação nunca antes vivenciada nesta cidade. Em volta do lixo, vai saindo bichos, águas escuras e cheiros chocantes, uma situação que vai obrigando os moradores andarem com lenços e guardanapos nos bolsos, para, logo que se avistarem com o lixo, consigam tapar as narinas e a boca para evitar sentir tal cheiro.
Com as chuvas que se abatem constantemente, como é a característica desta região, sempre que a mesma cai, através da correnteza de suas águas, vão escorrendo e deixando as ruas e bairros alagados de lixos e, por, conseguinte, contaminar as fontes de águas (cacimbas), que, maioria parte das famílias buscam o precioso liquido para beber, cozinhar, lavar e tanto mais. Numa altura em que a província luta para erradicar a cólera que assola a cidade do Uíge, julga-se, deste desiderato estar distante para o conseguir, pois que, o lixo ganhou popularidade e apoderou-se das artérias da urbe e, com isso, as suas consequências terão como foco na produção de mais mosquitos, que por sua vez, vai aumentar os casos de malária, diarreias agudas, doenças respiratórias agudas e tantos mais.
Há um ano atrás, a cidade do Uíge, foi considerada como a mais limpa de Angola, entre as 18 que compõe o país, prestigio este que levou os habitantes da região molhados de orgulho, segundo enfatizou hoje, domingo, nesta cidade, ao Wizi-Kongo, uma moradora que proferiu um anonimato, tendo definido o actual momento do lixo na cidade do Uíge, como uma vergonha.
Na altura em que o Wizi-Kongo fazia um repto pela cidade do Uíge, no sentido de olhar de perto a actual situação do lixo no (texto descrito), deparou-se às 12 horas e 30 minutos, com o governador provincial Pinda Simão, acompanhado com pouco menos de oito elementos, no bairro Popular, nas mediações entre Segurança Social e o Comando Provincial da Polícia Nacional, para ver com os seus próprios olhos os estragos que o lixo vai causando dia pós dias.
Logo que chegou num dos contentores ali colocado, claro, repleto de lixo, Pinda Simão e seus colaboradores desceram das três viaturas que os auxiliava na deslocação e foram trocando algumas impressões, como se pode ver pelos gestos nos braços e no mexer das bocas (estarem chocados pelo que seus olhos viam e narizes sentiam). Em seguida, pouco menos de cinco minutos, os mesmos não resistiram do fedor e logo subiram nos carros para outra direcção, com o mesmo objectivo, cujo próximos locais caminhados não foram mais testemunhados pelo portal Wizi-Kongo.
Wizi-Kongo
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