MARGINAIS CERCAM PROFESSORES E ALUNOS DO COLÉGIO MENDEMBO

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 16/09 (Wizi-Kongo) – Tal como no ano lectivo findo 2022/2023, os professores e alunos do colégio Mendembo, bairro Paco-Ye-Benze, município do Uíge, continuam sem um pouco de sossego, por conta dos marginais que os batem, ofendem e roubam seus pertences em plena luz do dia, deixando os docentes e discentes traumatizados diante dos maltratos que sofrem.

“Uns (alunos) apanham dos marginais antes da sua chega na escola e, outros, depois de saírem da instituição. Os que espancam antes, chegam na escola a chorar, com mazelas no rosto ou com má disposição e no sentido inverso, vão a chorar para casa, tristes e com mazelas também, por vezes”, explicou um dos professores que proferiu não ser citado por medo de vir a sofrer retalhação dos marginais.

Quando os alunos caem nas mãos dos marginais são espancados sem piedade e nem dó, cujo método tem sido, colocar a vítima de pernas ao ar, cabeça para baixo e ai é desferido socos, picos, chapadas e jogado ao chão, quanto aos professores, nenhum ainda foi popolado (batido), mas são ofendidos contra as suas mães em plenas salas de aulas, apontando-os punhos e prometidos que mais tarde ou cedo, vão levar na cara.

Relataram os entrevistados que, os marginais, que, por sinal são moradores locais e de bairros circunvizinhos, deixam um aviso aos professores, que, em breve, os vão efectuar uma visita (bater), por alegados motivo de não terem matriculado os seus parentes, situação que coloca muito medo na rotina dos docentes naquele perímetro.

Os dois períodos de actividade (manhã e tarde) são fatais, os alunos, principalmente, vêem os seus pertences roubados pelos marginais, num abrir e fechar dos olhos, nomeadamente, calçados, cadernos, batas., perucas e outros artigos desde que interessa os marginais, soube, hoje, sábado, o Wizi-Kongo, num aturado levantamento da situação há meses.

A falta de um posto da Polícia Nacional nos arredores daquele bairro, é apontado como sendo um dos principais motivos que leva os marginais estarem bem a vontade e a fazerem das sua a qualquer momento, quer de dia, quer de noite, cuja situação é de conhecimento das instâncias superiores, no caso, da própria PN, administração municipal, governo provincial, direcção municipal da educação, da escola e do gabinete provincial da educação.

Por causa da instabilidade relacionada a integridade físicas dos alunos e também dos professores, alguns alunos estão a desistir, outros pensam em desiste ou pedir transferências para escolas mais seguras, a exemplo do que aconteceu na semana em curso em que, cinco alunos solicitaram as transferências e, no caso dos professores, igualmente, o pensamento é deixar aquela escola e arrumar para uma outra com mais segurança.

Construída no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), a escola Mendembo foi inaugurada nos finais do ano passado e, igualmente, entrada em funcionamento. Entretanto, comporta 12 salas de aulas, gabinetes de apoio aos serviços administrativos e salas de reuniões. No presente ano lectivo 2023/2024, estão matriculados mais de mil alunos da 7ª a 9ª classe, em dois períodos.

Devido do apagão do bairro (falta de energia eléctrica), a mesma escola carece de iluminação, fazendo com que, os equipamentos informáticos nela colocada, estejam desaproveitados e, igualmente, aquela circunscrição nunca foi contemplada com o sistema de água, pelo que, a escola não tem como possuir água para uso das casas de banho, limpeza e irrigação das plantas em volta da escola.

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