Mário António Fernandes de Oliveira nasceu em Maquela do Zombo a 5 de Abril de 1934 e faleceu em Lisboa no dia 7 de Fevereiro de 1989.
Fez os estudos primários e liceais em Angola e Viveu em Portugal desde 1963.
Licenciado em Ciências Sociais e Políticas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e doutorado em literaturas africanas de língua portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa.
Poeta, contista e ensaísta angolano, Mário António Fernandes de Oliveira, ocupa um lugar de destaque na vasta literatura angolana.
A sua ficção permanece a meio caminho entre a crónica lírica e o conto.
Enquanto ensaísta crítico, Mário António estudou, aprofundadamente, a literatura angolana, bem como as próprias estruturas histórico-sociais de Angola, ou não fosse licenciado em Ciências Sociais e Políticas e Doutorado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa.
Quanto à sua poesia, poder-se-á dizer que Mário António começa por utilizar, inteligentemente, os modelos brasileiros (muito usados na época, até mesmo pela proximidade dos temas, sentimentos e realidades entre Angola e o Brasil), recorrendo também a linhas literárias europeias.
Entrando mais concretamente na temática da sua produção poética, pode dizer-se que esta está amplamente marcada pela temática da infância em que dominam os valores africanos da religiosidade e da fraternidade.
A sua poética está efetivamente marcada por esta “saudade” de um passado real: “saudade” do mundo da infância, em que as relações puras eram possíveis.
Em todas as fases poéticas de Mário António verificamos a permanente oposição entre dois campos distintos – campos esses que marcam a própria vida angolana: de um lado temos a cidade da infância, o tempo de todas as possibilidades, o local da união, o sítio e o tempo mágico em que o homem dependia apenas dos fenómenos da natureza e guiava os seus passos pelos astros; do outro lado, a camada do cimento, as grandes construções que destruíam o espaço amplo e livre do antigamente, a sociedade mesclada: brancos, negros e mestiços.
Noites de luar no Morro de Maianga
Anda no ar uma canção de roda:
“Banana podre não tem fortuna
Fru-tá-tá, fru-tá-tá…”
Moças namorando nos quintais de madeira
Velhas falando conversa antigas
Sentadas na esteira
Homens embebedando-se nas tabernas
E os emigrados das ilhas…
– Os emigrados das ilhas
Com o sal do mar nos cabelos
Os emigrados das ilhas
Que falam de bruxedos e sereias
E tocam violão
E puxam faca nas brigas…
Ó ingenuidade das canções infantis
Ó namoros de moças sem cuidado
Ó histórias de velhas
Ó mistérios dos homens
Vida!:
Proletários esquecendo-se nas tascas
Emigrantes que puxam faca nas brigas
E os sons do violão
E os cânticos da Missão
Os homens
Os homens
As tragédias dos homens!
Mário António (1934 – 1989)
Obras poêticas:
- Poesias, 1956, Lisboa, e. a.;
- Poemas & Canto Miúdo, 1961, Sá da Bandeira, Coleção Imbondeiro;
- Chingufo, 1962, Lisboa,
- 100 Poemas, 1963, Luanda, Ed. ABC;
- Era Tempo de Poesia, 1966, Sá da Bandeira, Coleção Imbondeiro;
- Rosto de Europa, 1968, Braga, Ed. Pax;
- Coração Transplantado, 1970, Braga, Ed. Pax;
- Afonso, o Africano, 1980, Braga, Ed. Pax;
- 50 Anos – 50 Poemas, 1988, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda;
- Obra Poética (inclui todos os livros anteriores), 1999, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
Fontes: www.infopedia.pt
Tirem esta fotografia, que não é de Mário António! Mário António foi um branco português que nasceu em Angola. Ele depois abandonou os seus companheiros de luta para trabalhar com à PIDE. Além disso era um racista camoflado! Lêem com atenção os poemas dele. Ele retrata os negros com linguagem plena de estereótipos colonial que humilha os negros, e onde a mulher Africana é retratada como selvagem e sensual. É um poeta que não representa a voz dos Angolanos. O mesmo dizia que Angola é terra crioula. Pura mentira!
Perguntem um qualquer linguística! E ele tem os discípulos: José Águalusa, José Mendonça (escritores medíocres que também não representam Angola). Em comparação com Agostinho Neto, Mário António é poeta inferior. Mais uma vez, tirem essa foto daí. Mário António era branco, não era negro! Fazem bem as investigações! Um abraço!
Interessante, podes nos mandar o retrato real do poeta? Pois interessa-nos por ter nasciudo em Makela. Os nossos agradecimentos. Obrigado pela visita!