Os revoltosos no terreno, agastados pelos longos anos de humilhação, aproveitram a ocasião para massacar colonos civis indefesos, seus colaboradores e trabalhadores, cujas imagens horríveis foram utilizadas pelo regime colonial, para reduzir a revolta em simpels acções terroristas. As imagens vão percorrer o mundo inteiro, nos dias a seguir a revolta. Com o amplor do massacre, nenhum dirigente nacionalista angolano ousa reveindicar a insurreição, a começar pelo próprio Holden Roberto.
Mário Pinto de Andrade, presidente do MPLA, no momento da revolta do 15 de Março de 1961, encontrava-se em Léopoldville a trabalhar para a Casa Comercial “Nogueira”, propriedade de um português, cujo o nome da filha, foi utilizado como senha detonadora para o incio das hostilidades entre nacionalistas e o regime colonial, foi informado que a revolta atingiu os Dembos, a sua região natal, que seus próprios parentes estavam envolvidos no lado nacinalista.
A semelhança que aconteceu no dia 4 de Fevereiro do mesmo ano, a UPA, por razões desconhecidas, continuava ainda muda, M.P de Andrade aproveita esse silêncio preparando um texto para reivindicar acção gloriosa dos membros do MPLA sob sua direcção, só que não encontrava a frase para justificar o massacre de civis indefesos ao serviço do regime colonial. Manda um telegrama ao seu amigo Amílcar Cabral solicitando ajuda, este por sua vêz contacta o Franz Fanon com o mesmo objectivo. Fanon que foi amigo do Holden Roberto, avisa-o sobre eminência da reivindicação da Revolta em nome do MPLA, obrigando-o decalarar a UPA como autora de ravolta, “senão o MPLA” o faria!
Com isso, Holden Roberto decide, enfim, reivindicar o 15 de Março de 1961, solicitando o Aníbal de Melo, no momento, membro da UPA, entre os que dominavam melhor a lingua portuguesa para eloborar o texto reivindicativo. O texto foi lido pelo Johnny Eduardo Pinnock, numa confêrencia da imprensa realizada no dia 20 de Março de 1961, em Léopoldville.
Frustado, o MPLA muda de postura, condena os massacres dos civis perpetrado pala UPA e nunca fêz referência do 15 de Março como a data do início da luta armada, reconheçendo há poucos anos, como data de expansão da luta armada e continua não ser considerado como feriado nacional.
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