Mas…onde anda o N’KODYA dos Reis do Kongo?
QUEM ESTÁ COM O N’KODYA DO REI NZINGA A KUVU ?
O N’kodya é uma concha, mais do que um emblema do Reino do Kongo, representa o sagrado, ao mesmo tempo, o MBUMBA, a divinidade oculta que domina na terra, como na água.
Ao serem entronizados pelos Nsaku (sacerdotes Kongo), os reis do Kongo recebiam N’KODYA, que simbolizava o poder. Quem conservava “a Concha-Suprema”, detinha também o poder e o domínio “simbólico” de todos Reinos da África-Central.
Nkodya de Nzinga Nkuvu foi uma concha de grande poder místico!
O Diogo Cão que era da “Ordre Maçon”, quiz apoderar-se do N’KODYA para levar de volta em Portugall, como presente do Reino do Kongo ao seu Rei, mas não conseguiu!
Mvemba a NZINGA, o filho do Rei NZINGA a Nkuvu, vai usurpar o poder, em detrimento do herderiro legítimo, Mpanzu a Kitinu, sobrinho do Rei, e vai recusar ser intronizado pelos NSAKU. Vai combater a religião Kongo, destruindo todos os ídolos do reino, (considerados como feitíço, pelos religiosos europeus) menos o Nkodya, que vai suspeitar estar com a sua mãe (o que era a verdade). A mãe vai pagar pela sua vida ao esconder o Nkodya que o filho pretendia destruir!
O Rei Mvemba a NZINGA matou a sua mãe, por ter escondido o N’kodya!
O rei Vita a Nkanga “Ndotoni wa Ntete” ( D. António I), ignorou o N’KODYA ( próvavelmente já tinha desaperecido), perdeu a guerra e foi decapitado na Batalha de Mbwila.
Fontes orais afirmam que, desde Mvemba a Nzinga, nenhum Rei do Kongo reinou com o símbolo de Nkódya, a razão do desaparecimento total do Reino do Kongo.
Desde então, o Nkodya desapareceu durante séculos, alguns afirmam que está no Vaticano, levado ali pelo Nsaku Ne Vunda, o primeiro Bispo negro-africano que foi acreditado e não sobreviveu ao chegar em ROMA.
Em meados dos anos 50 do século passado, os bakongo na RDC, fundam ABAKO ( Ass. Dos Bakongo), e o Nkodya aparece no meio deles, o adoptam como emblema símbolizando a sua luta. Em Junho de 1960, ABAKO ganha o poder no ex-Congo Belga. Mas o Kasavubu, o presidente do ABAKO e primeiro presidente da RDC, antigo seminarista, vai recusar o N’kodya. Youlou Fulbert, o primeiro presidente do Congo-Brazzaville, que foi Frei Católico, também vai recusar. Holden Roberto, que já combatia o colonialismo lusitano, aconselhado pelo seu tio, que foi diácono baptista, também vai rejeitar os poderes desta concha. Os primeiros presidentes citados serão afastados do poder por “golpes de estado”, e o Holden Roberto não conseguiu ter poder em Luanda.
Em 1973, Mobutu que tinha deposto o Kasavubu, no Congo-Kinshasa, em 1965, um homem adepto da magia-negra, é informado que, se “não estivesse em possessão do N’kodya de Nzinga Nkuvu, não podia conservar poder por muito tempo”. Pelo medo, afasta os bakongo no poder. General Masiala Kulu Kangala, o único militar mukongo que o ajudou tomar o poder, foi denunciado ter o N’kodya que tinha recebido nas mãos do presidente Kasavubu. Pois, Kasavubu e Masiala tinham a mesma origem, na Região da floresta do Mayombe. Mobutu vai torturar o seu general até morrer, depois simula a sua morte num acidente de helcóptero, perto da vila de Kimpese, no Baixo Zaire ( hoje Kongo Central)
Em 1990, um homem com aparência de um louco , apresenta-se em Yala Nkuwu (antigo Palácio Real Kongo), em Mbanza Kongo, com uma concha, apresentando-a como N’KODYA desaparecido, foi ignorado, mas antes de sair, pegou na catana, cortou a árvore secular, a mesma chamada Yala-Nkuwu, o que constituiu um sacrilêgio, uma profanação, na visão tradicional Kongo. Uma reunião composta de representantes do governo, autoridades tradicionais e igreja católica, foi convocada para debater o problema do N’kodya, velho de séculos. Lògicamente, a Igreja católica representada pelo seu Bispo, vai recusar. O N’kodya vai ser reijetado de novo. Semanas depois, o helicóptero que levava uma impotante delegação da província do Zaíre, vai despenhar no Nóqui, matando a maioria dos passageiros, incluindo o próprio Bispo.
Mas onde está agora o NKODYA de Nzinga a Nkuvu?
Alguns homens, péritos na matéria, suspeitam estar em Luanda, é por isso Angola domina na África-Central.
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