Por Alfredo Dikwiza
Uíge, 11/02 (Wizi-Kongo) – Num olhar sereno e passivo dos responsáveis municipais da saúde, dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) e da própria administração municipal da Damba, um falso médico identificado apenas por Adão, realiza operações em condições inaceitáveis (esteiras) em várias pessoas desta localidade, que devido a gravidade da situação, clamam por socorro urgente.
Estando localizado no bairro Sanzala Artista, atrás do centro comercial Tando-Far, poucos metros depois do mercado municipal, periferia da vila da Damba, 197 quilómetros a norte da cidade do Uíge, o falso médico, realiza as suas operações há tempo, pois, além da falta de condições adequadas da casa por onde exerce essas actividades, também não possui escritório, aproveitando da passividade das autoridades de direito no município.
Adão, como simplesmente é conhecido, supõe-se que é proveniente do vizinho município de Maquela do Zombo, concretamente, nas localidades do Kwilu-Futa ou Béu e, das vezes que estava para ser detido pelo SIC local, escapou-se, desconfiando-se que alguém no interior da coorporação o terá alertado, beneficiando da sua cumplicidade, daí para cá, o mesmo continua a exercer os seus trabalhos ao seu belo prazer.
“Porém, se houvesse interesse de quem é de direito em evitar a continuidade da prática deste falso médico, já o teriam detido”, atirou em declarações ao Wizi-Kongo, hoje, terça, na vila da Damba, a primeira entrevistada.
Ao tentar marcar dois passos a frente, em direcção ao carro que levava o jornalista do Wizi-Kongo com destino a Maquela do Zombo, outro munícipe da Damba, para o mesmo assunto, solicitou a entrevista, prontamente atendido, em seguida disse “nós estamos preocupados com este médico aqui, principalmente nas condições em que ele trabalha e a julgar pelo tempo que se encontra a exercer essa actividade sem condições, se os órgão de direito irem ao fundo das investigações poderão descobrir que muita coisa feia já aconteceu”.
“Trabalha numa casa sem condições”, reforçou, e, continuou, isso leva os mais esclarecidos clamarem pelo socorro, porque as pessoas continuam indo neste médico, para isso, só quem de direito compete-lhe pôr fim nessa prática, que é um atentado as vidas de muitas famílias da Damba. Segundo o entrevistado, que, por motivos de sua segurança pediu para não ser citado o nome na notícia, observou que querem apenas que as coisas marchem na legalidade e com pessoas formadas para tal função.
Entretanto, Adão, tudo indica não ter família na Damba. Por falta de compreensão, tanto que o Wizi-Kongo tentou contactar os responsáveis da saúde, da polícia nacional e da administração municipal (todos locais), sobre este assunto a qual a população admite existir um falso médico na vila e, que, de certo modo é também do conhecimento dos órgãos de direito, ainda assim, “um não e outro dizer de o chefe não está, o chefe encontra-se ocupado”, foi o suficiente que este órgão de informação ouviu.
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