Moradores aproveitam-se do complexo residencial com 80 casas abandonadas

Imagem de Alfredo Dikwiza/WK

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 14/12 (Wizi-Kongo) – Lavras com plantações de milho, ginguba, batata-doce e mandioca, é o resultado do aproveitamento exercido pelos moradores em volta do complexo residencial 80 casas abandonadas há quase nove anos, cuja obra começou a ser construída em 2010, um projecto angolano, de responsabilidade do Banco de Poupança e Crédito (BPC), localizado no bairro Kilevu, quem chega na Universidade Kimpa Vita. Erguidas pela empresa G-África, num espaço de dois mil e tal metros quadrados, aquelas casas, é de tipologia T3 e, pelo não uso, algumas já se encontram em estado de degradação, com muitas fissuras.

O desaproveitamento das mesmas, numa altura em que milhares e milhares de jovens procuram realizar o sonho da casa própria, os espaços do projecto, estão sendo aproveitados pelos moradores há tempo, apurou, hoje, segunda-feira, Wizi-Kongo. Todos os imoveis encontram-se concluídos, ou seja, acobertou-se, colocaram as portas e janelas, pintaram e tudo mais, mas, depois que as obras todas terminaram, aquele projecto fora abandonado, até hoje.

Porém, para acomodar melhor os futuros inclino no complexo residencial, apenas restava realizar, entre outros serviços essenciais, como mobiliário, água, asfalto e energia eléctrica. Existe uma rede de energia estendida em volta do complexo. Alguns postos de iluminação pública acendem 24 horas, por dia, mas outros postos as lâmpadas há tempo fundiram por falta de manutenção, apenas faltava a ligação da energia eléctrica para as residências.

A acção da mãe natureza, igualmente, não se deixa intimidar, tanto que, o capim faz também das suas, pois rodeia todas as casas. Mesmo o complexo não sendo da tutela do governo provincial do Uíge e, sim, do BPC, os três governadores, em igual período diferente, que, já passaram no Uíge, mormente, Paulo Pombolo, Mpinda Simão e o malogrado Sérgio Rescova, bem como o actual, José Rocha, que eleva a fasquia para o quarto, nenhum deles chegou de dar solução que passasse para habitabilidade daquelas casas, que, por ser um investimento angolano, deve ter custado muitos milhões dos cofres do Estado.

O Wizi-Kongo, fêz diligências para ouvir os responsáveis do Banco de Poupança e Crédito, bem como do governo provincial, mas não obteve sucesso.

Os jovens e não só do Uíge, andam a procura de uma resposta ou uma solução para o aproveitamento das mesmas casas, mas o silêncio mantém e aliada com isto, o complexo das 80 casas, continua abandonado e já se vão uns nove anos. “Daqui há um tempo, algumas casas começam a cair por metade, as fissuras que as mesmas resistam diz tudo.

Antes, as movimentações eram notáveis de jovens que buscam o esconderijo aqui e, uns às vezes, fumavam estupefaciente, vulgo, liamba, porque aproveitam-se do escuro no local”, contou um morador que não queria ser citado o seu nome. Na cidade do Uíge, nos últimos 10 anos construiu-se um projecto denominado “bairro da juventude com 70 e tal casas e a centralidade do Kilumosso que comporta 1.100 casas, ambos por conta do Estado angolano, mas, nem com isso conseguiu dar resposta a procura.

Image de, Alfredo Dikwiza/WK
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