Uíge – Cento e 15 mulheres, organizadas na cooperativa de processadoras e revendedoras de peixes no Uíge (COPROVEPU), receberam hoje micro-crédito do Banco de Comércio e Indústria (BCI), com vista a melhorarem as suas actividades.
A cerimónia de lançamento de microcrédito aconteceu no complexo Turístico de OSMAT, arredores da cidade do Uíge, em acto presidido pelo vice-governador provincial do Uíge para Sector Económico, Carlos Mendes Samba e presenciada pelo director-geral de Pesca Artesanal, Nkossi Luyeye, e pelo administrador do BCI, Jorge Leão Pérez.
Ao falar na cerimónia de abertura, Nkossi Luyeye destacou a importância do micro-crédito para as mulheres que exercem a actividade de processamento e revenda do pescado. “A vossa motivação fez com que a província do Uíge figurasse em primeiro lugar na concessão de micro-crédito para essa actividade”, frisou.
Depois de acautelar que o microcrédito que se procedeu à entrega não constitui uma oferta mas uma ajuda, pediu às beneficiárias a cumprirem com o prazo de 12 meses para reembolso do valor de 300 mil kwanzas que cada mulher beneficiou.
“A prioridade para entrega de micro-crédito recaiu à mulher, porque a mulher constitui o núcleo da família”, realçou Nkossi Luyeye.
Convidado a encerrar a cerimónia, o vice-governador para Sector Economico, Carlos Mendes Samba, em representação do governador Paulo Pombolo, disse que gesto se enquadra na política do executivo de potenciar às famílias e gerar o emprego.
Agradeceu o Ministério de Pesca por ter escolhido a província do Uíge na concessão de microcrédito as mulheres processadoras e revendedoras de peixe, e ao BCI por abraçar o programa do governo neste sentido.
Apelou as beneficiarias a trabalharem, cumprindo com o objectivo do programa e com prazo de devolução de dinheiro para que o Banco de Comércio e Indústria possa dar continuidade do programa, potenciando mais outras mulheres.
Na província do Uíge, segundo o director provincial de Agricultura do Uíge, Eduardo Gomes, historicamente a pesca continental é uma actividade de enorme tradição, praticada desde os tempos antanhos, constituindo uma fonte importante para alavancar a economia.
Lembrou que a província do Uíge possui um manancial aquífero extremamente grande, constituído por rios, lagos e lagoas, condições essenciais para a realização da actividade piscatória. “Sete dos 16 municípios da região praticam a aquicultura num total de 282 tanques, com uma produção média de 300 toneladas/ano”, precisou Eduardo Gomes.
As beneficiarias, na sua mensagem de agradecimento, enalteceram o esforço do Governo no combate à fome e à pobreza, adiantando que a sua actividade vai cumprir um único objectivo, aquisição, processamento e comercialização do peixe .
A província do Uíge controla 44 associações de pesca artesanal com mil 405 associados, cujo volume de pescado se situa na ordem de 445.275 kg/ano.
Via Angop
Deixe uma resposta