Por António Capitão
Um grupo de malfeitores, constituído por cinco elementos, foi detido na última terça-feira no município da Damba quando quatro deles se encontravam dentro de uma viatura de marca Hiundai i10 defronte à agência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) e outro no interior desta dependência bancária por muito tempo sem solicitar qualquer informação ou serviço aos funcionários.
O tempo em que permaneceu no interior do banco e o comportamento apresentado suscitou desconfiança do gerente da agência do BPC que abordou o jovem, tendo este se rebelado com o intuito de causar tumulto, o que fez com que os seguranças o detivessem e, com a colaboração da polícia, também os seus comparsas. O director provincial dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) no Uíge, Superintendente-chefe Manuel Constantino, revelou que do trabalho e perícia investigativa feita nestes elementos foi possível se detectar um novo método de burla utilizado por este grupo de malfeitores provenientes de Luanda.
Explicou que com um deles foram encontrados 57 cartões multicaixas que os mesmos utilizavam para burlarem utentes dos terminais de multicaixas que tinham dificuldades ou não sabem manusear estes equipamentos bancários destinados ao levantamento de dinheiro e pagamentos de múltiplos serviços.
“Estes indivíduos permaneciam defronte aos multicaixas para localizarem pessoas que não sabem utilizar estes equipamento e se ofereciam a prestar ajuda. Depois o dono do cartão lhe revelar a sua senha pessoal para que este lhe retire dinheiro ou efectue pagamentos, no momento da devolução trocava o cartão do ajudado com um dos seus que levava ao bolso para depois retirar o dinheiro da conta bancária da vítima”, disse.
Manuel Constantino disse que Katendi Zola tinha consigo 57 cartões multicaixas dos bancos SOL, Standard Bank, Keve, BAI, BPC, BIC, BFA, Atlântico, Millenium, BNI, BESA, BE e Caixa Totta. Tendo o acusado alegado que os mesmos eram cartões caducados que se destinavam para venda. “Apercebi-me deste negócio por intermédio dos meus amigos. Eles compram os cartões já caducados por 500 Kwanzas e os revendem por mil Kwanza.
Vi que era um negócio rentável e rápido decidi-me dedicar ao mesmo para ganhar dinheiro e satisfazer as minhas necessidades”, disse Katendi Zola. Combate ao crime O director SIC no Uíge apesentou também outros 11 elementos acusados de se dedicarem aos crimes de furtos e roubos em residências na calada da noite com recurso ao uso de armas de fogo e retiravam botijas de gaz, electrodomésticos, obrigavam as vítimas a entregarem dinheiro e outras pertenças.
Os meliantes realizavam as suas acções nos bairros Candombe-velo, Kilala, Kaquiuia e GAI. Com eles foram apreendidas duas armas do tipo AKM, duas pistolas, televisores, botijas de gaz butano, computadores, descodificadores de sinal de televisão por satélite e uma máquina de soldar. Manuel Constantino disse que a detenção dos supostos marginais é resultado de uma mico-operação realizada de sete a 15 deste mês através de buscas dirigidas baseadas em denúncias das populações. Avançou que os mesmos vão ser apresentados ao ministério público nos próximos dias para a regularização da situação carcerária.
Destes, alguns são elemento que tinham beneficiado da amnistia e do indulto concedido pelo Presidente da República. O director do SIC no Uíge avançou que a partir do início da primeira quinzena do mês de Dezembro vão ser reforçadas as acções operativas deste organismo com vista a garantir que as populações tenham uma quadra festiva tranquila.
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