Por Joaquim Júnior
O município de Kimbele, na província do Uíge, necessita de, pelo menos, 300 técnicos médios de enfermagem para garantir a assistência aos pacientes nas zonas rurais, de acordo com a directora local da Saúde.
Paula Cangango apelou à Direcção Provincial da Saúde no sentido de, no próximo concurso público, serem admitidos técnicos médios de enfermagem para as áreas mais distantes das vilas.
Para a responsável municipal, os técnicos superiores e os médicos dificilmente aceitam ir às localidades longínquas, onde a população precisa de assistência sanitária permanente.
“O médico pode até deslocar-se às áreas longínquas, mas não fica lá muito tempo, os enfermeiros são os que lá permanecem”, disse.
Paula Cangango acrescentou que o município precisa de médicos especializados, para se juntarem aos quatro de clínica geral e 37 enfermeiros, que garantem assistência à população de Quimbele, que tem 129 mil habitantes, segundo o censo de 2014.
Paula Cangango anunciou para breve a entrada em funcionamento do maior hospital de Kimbele, construído e equipado recentemente, pelo que há necessidade de aumentar o número de médicos e de enfermeiros, além de pessoal auxiliar. Avançou que os quatro médicos e 37 enfermeiros efectivos e 20 contratados que o município tem, neste momento, não conseguem responder às necessidades dos pacientes que diariamente afluem às unidades sanitárias.
O hospital municipal tem capacidade para 100 camas, mas precisa de 30 enfermeiros e seis médicos de diferentes especialidades, para o funcionamento dos serviços que vão ser abertos ao público.
Jorge Pedro, director-geral do Hospital Municipal de Kimbele, reconheceu os avanços que o sector no município vai conhecendo, com a abertura de serviços especializados, mas lamentou o reduzido número de médicos, salientando que trabalham no município três técnicos de Medicina Geral e um de Medicina Dentária, número que considera ínfimo.
“Temos sacrificado dia e noite os poucos técnicos que há. Não é possível fazer o mesmo no novo hospital municipal de Kimbele devido à especificidade dos seus serviços. É um hospital que dispõe de três blocos operatórios e não temos nenhum médico cirurgião, além de haver também falta de técnicos de laboratório, imagiologia, neonatologia e outros serviços prestes a abrir”, alertou o director .
Via JA
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