
Um total de 17. 619 turistas, entre nacionais e estrangeiros, visitou o museu dos Reis do Kongo, em Mbanza Kongo, província do Zaire, em 2018, o que representa um aumento de 7.819 visitantes em relação ao ano de 2017.
O número inclui 436 estrangeiros oriundos de diversos países, com destaque para o Brasil, Portugal, França e República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com o chefe de departamento do gabinete provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desporto, Luntadila Lunguana, que falava ontem à Angop, o facto de Mbanza Kongo ser Património Mundial contribui para o aumento do número de visitantes.
Entidades diplomáticas, governantes, académicos, historiadores, antropólogos, arqueólogos, entre outros, figuram do leque dos que passaram pela casa que preserva o acervo que retrata os hábitos e costumes dos povos do antigo Reino do Kongo. Os embaixadores da Alemanha, França, Israel e Portugal acreditados em Angola manifestaram interesse em apoiar o museu.
Em Dezembro do ano passado, especialistas franceses gravaram os primeiros vídeos que vão integrar o circuito audiovisual nas visitas guiadas, tendo em vista o projecto da construção do novo museu.
Em Agosto do ano passado, mais de seis mil fiéis da organização feminina da Igreja Católica, que participaram numa peregrinação a Mbanza Kongo, visitaram o museu.
Com 92 peças expostas e 16 em regime de reserva, o acervo do museu dos Reis do Kongo está repartido por quatro principais grupos, de acordo com a sua importância.
O primeiro corresponde às peças que retratam aspectos históricos, geográficos e políticos, concretamente retratos, mapas sobre o território que abarcava o Reino do Kongo e respectivos reis que passaram pelo trono, bem como o carimbo.
O segundo espelha a organização sócio-económica do Reino do Kongo, nomeadamente o testemunho do domínio da tecnologia de fundição de metais, entre os quais o ferro.
O terceiro grupo inclui peças que testemunham o culto ancestral, como mú-sica e comunicação à distância, enquanto o quarto retrata a abertura do Reino do Kongo ao mundo ocidental.
O edifício principal foi, no passado, uma residência real construída em 1903, até à última sucessão do trono ocorrida na década de 1960, tendo sido transformada em Museu dos Reis do Kongo após a Independência Nacional.
O espaço permaneceu encerrado durante anos devido ao conflito armado. Foi reaberto em 2007, depois de beneficiar de obras de restauro e ampliação, passando desta feita a de-signar-se Museu dos Reis do Kongo. O edifício está classificado como Património Cultural Nacional.
Via JA
Deixe uma resposta