Ngola Kabangu: “15 de Março não foi expansão da luta armada”

O nacionalista angolano Ngola Kabangu insiste que “o 15 de Março de 1961 não foi nenhuma expansão, mas sim o verdadeiro início do fim do império colonial português em África”.

“A democracia exige que as datas marcantes na vida de um País, não mais deverão ser as que o poder decide mas as que se impõem com clarividência na consciência colectiva pela sua relevância histórica”, disse Kabangu.

Para o ex-líder do grupo parlamentar da FNLA, “se há datas em Angola com elevada carga emocional, o dia 15 de Março de 1961 é uma das mais importantes, razão por que deverá ser oficializado e recordado às gerações vindouras”.

“Impõe-se, portanto, a despartidarização das instituições do nosso País, cujo mérito continua a ser comandado aleatoriamente, como se pertencessem ao partido instalado no poder, permitindo assim, que se escreva a verdadeira história do nosso País, extraindo-se-lhe o cariz partidário de que está eivado”, acrescentou.

Sobre a FNLA, Kabangu referiu que continuam a contar e a relatar a história com rigor e honestidade intelectual.

“Não permitiremos nunca, em nome dos milhões de militantes e amigos da grande família FNLA, que o 15 de Março de 1961 seja desvirtuado por razões de políticas conjunturais e considerar os seus verdadeiros actores, os valorosos Antigos Combatentes, como cidadãos relegados para segunda zona”, perseverou.

O 15 de Março, data em que se celebra o Dia da Expansão da Luta Armada de Libertação Nacional, não é uma data de militantes do MPLA, da FNLA ou da UNITA, mas dos angolanos como um todo, considerou terça-feira, no Lubango, o ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Cândido Pereira Van-Dúnem.

Discursando no acto central da efeméride, na cidade do Lubango, o governante destacou a data como sendo de referência histórica incontornável na vida dos angolanos, pois permitiu que estes vencessem o colonialismo português.

“É por causa do 15 de Março que bons angolanos venceram o colonialismo, conseguindo derrubar os colonos e hoje temos uma paz definitiva e um país de progresso”, disse o governante.
Para celebrar a data o ministro entregou 53 residências a antigos combatentes e veteranos da pátria.

Via N.J.

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