Assimetria entre o PAM e o CLESE no Uíge.
Por Miguel Branquima Kituma
A direcção dos Centros Locais de Emprendedorismo e Serviços de Emprego, no Uíge, congregou na quinta-feira passada e ontém, sabádo, mais de 3000 jovens desempregados que estão na luta de conseguir entregar processo para concorrer à 140 vagas do Super-mercado Shoprite. A direcção está parece um campo de refugiados. Uns com sombrinhas, panos e outros ainda com papelões para se proteger do Sol.
As agressões entre esses jovens que se véem a escalar a idade dos 30 anos, não diferem das que a cidade assistiu nos anos 2000 aquando da recepção dos refugiados vindos dos municípios que mendigavam os grãos de arroz e o feijão “Ndomboló” que que o PAM (Programa de Alimentação Mundial) doava. Vê-se o desgaste de energia e tempo no rosto dos manos que desde as 6 horas estão neste centro, sem sequer comer alguma coisa ou tomar pelo menos um banho.
As fichas dos que conseguiram entregar os processos estão a ser dadas, mas acredita-se que é área demais para esta Mini-Kupapata.
Das mais de 2000 pessoas que conseguiram fazer a entrega dos processos, somente 500 serão submetidas ao exame de aptidão para seleccionar os 140 que irão ocupar as vagas do Super-mercado Shoprite.
O desemprego está a doer no osso.
Mais do que nunca, a juventude precisa da misercórdia do MPLA (como partido maioritário). Nem o anúncio dos concursos públicos estão a conseguir consolar os jovens, sendo estes maioritáriamente formados nos PUNIVEis.
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