Por Joaquim Júnior
A província do Uíge poderá ter, até Maio de 2021, uma nova fábrica de transformação de café, com capacidade para movimentar 700 toneladas por ano, anunciou Manuel Rodrigues, gerente do grupo empresarial M. Rodrigues.
Falando em entrevista ao Jornal de Angola, o empresário disse que o projecto, já avançado em termos de execução física, aguarda por uma linha de crédito de 500 milhões de kwanzas do Programa de Diversificação da Economia e Substituição das Importações (Prodesi)
Localizado na via Songo /Uíge, o projecto , de iniciativa privada, visa o processamento do café desde a sua multiplicação, plantação, produção, colheita, transformação e co-mercialização, e está implantado num espaço de 7.600 hectares já cultivados. A unidade fabril vai contar com todas colheitas das principais regiões de café, como Songo, Mucaba, Negage, Quitexe, Bungo e Milunga.
“Estamos a aguardar apenas pela celeridade do Prodesi, a nível do Ministério da Economia e Planeamento, para a montagem da fábrica de descasque de café, onde já temos bases iniciais instaladas, com viveiros de 40 mil pés de plantas de café. Portanto, pretendemos, num futuro breve, comercializar toda a produção do Uíge”, disse.
Miguel Rodrigues avançou ainda que o projecto, da torrefação do bago vermelho, incluiu área de moagem, local de secagem e ensacamento do produto para a comercialização no mercado nacional e internacional. “Se o crédito do Prodesi for disponibilizado a tempo, vamos dar passos para a importação de máquinas do Brasil e da Alemanha para a instalação no local”, referiu.
“Estamos a fazer uma de-monstração das formas mo-dernas da plantação do café, cruzando com árvores de sombra, um dos elementos fundamentais para o desenvolvimento da cultura de café. Para esta técnica, vamos associar a plantação de cacau que cresce mais rápido e com capacidade de dar frutos em apenas 12 meses”, avançou
Entreposto para a conservação
Além da fábrica de café, o grupo empresarial está apostado, igualmente, na construção, no mesmo local, de um entreposto para a conservação e comercialização de 300 toneladas de frutas tropicais da região, com realce para a laranja do município do Bembe, tangerina de Sanza Pombo, banana do Songo, entre outros citrinos.
“Queremos também aproveitar as frutas tropicais da província, como a laranja, tangerina, banana, abacate, safú, abacaxi e outros citrinos tradicionalmente cultivados na região”, acrescentou.
Mais de 20 jovens, empregados neste projecto, estão a ser formados em técnicas agrárias modernas.
Via JA
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