“Peculato e falsificação de documentos” custam condenação de responsáveis do Governo do Uíge

Por Alfredo Dikwiza

 

Uíge, 23/09 (Wizi-Kongo) – Jaime Yamba e Leonardo Kiala Bongo, respectivamente, ex-director de gabinete do antigo governador Mpinda Simão e antigo secretário-geral do Governo Provincial do Uíge, foram condenados no Tribunal Provincial do Uíge, na semana em curso, por quatro anos e seis meses e dois anos de prisão maior, por crimes relacionados com peculato e falsificação de documentos.

Jaime Yamba, ex-director de gabinete do ex- governador, fora condenado há quatro anos e meio, por ter desviado 12.264.651 (doze milhões, duzentos e sessenta e quatro mil e seiscentos e cinquenta e um kwanzas) do Estado para uso próprio.

Enquanto, o antigo secretário-geral do Governo Provincial do Uíge, Leonardo Kiala Bongo foi condenado a dois anos de prisão maior, com pena suspensa, pelos crimes de peculato, falsificação de documentos, depois que desviou 14.000.000,00 (catorze milhões de kwanzas) para a compra de uma viatura de marca Toyota Prado, apreendida nos autos e depositada no Governo Provincial.

Para facilitar o desvio dos valores, o mesmo aproveitou-se do cargo, que, viria influenciar o Departamento de Finanças do Governo Provincial no cadastramento de uma empresa de seu parente, denominada Yazul Comercial Lda, onde eram feita cabimentações de verbas em benefício próprio.

Nos últimos anos, no Uíge, são levados a barra do Tribunal Provincial local, diversos gestores públicos, tendo em comum praticado crimes relacionados com peculato, falsificação de documentos, corrupção, entre outros, estando, outros já julgados e condenados, com destaque para o ex-Delegado Provincial da Justiça e Direitos Humanos e alguns que aguardam o julgamento, como, o caso, do ex-Director do Gabinete Provincial da Educação.

Porém, na mira do Tribunal Provincial do Uíge, segundo apurou, hoje, quarta-feira, fonte confiável do Wizi-Kongo, junto deste órgão de justiça, consta uma lista gorda, embora não os ter citado, nomes de vários administradores municipais e diversos gestores de cargos públicos, cujos crimes, entre outros, são os de peculato, corrupção, falsificação de documentos.

Cada caso é um caso”, conta e, acrescenta, a fonte, “estamos a trabalhar minuciosamente em todos os visados, para, depois de serem apuradas todas as evidências, notificar outros órgão de justiça, se for o caso, para as detenções ou por normas próprias convocar os mesmos, cada um com o sua vez, para devido tratamento e a posterior tornar ao público”.

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