PGR no Uíge está parada, admite Miguel Teta Neto

Por Alfredo Dikwiza/Jeremias Kaboco

Uíge, 19/06 (Wizi-Kongo) – Há muitos casos que já foram denunciados até hoje não colocados no seu devido lugar, denúncias com provas palpáveis, se há combate a corrupção, “nós queremos” que não haja selectividade, vê-se que os fracos no Uíge vão para cadeia e os fortes não, uma demonstração clara de que a Procuradoria-Geral da República PGR local, encontra-se parada, admitiu o coordenador provincial das organizações da sociedade no Uige, Miguel Teta Neto.

Em declarações ontem, sexta-feira, nesta cidade, ao Wizi-Kongo, Miguel Teta Neto, disse “a PGR local não anda, então que tipo de PGR nós temos, acredito que no Uíge tivemos um procurador, Ramos, que, batemos a pala, mas do nado, foi tirado do Uíge e na indignação ficamos, ele esteve a fazer um trabalho excelente.

Hoje, a PGR não anda e até onde vamos com essa província que em termos de desenvolvimento está muito mal”. “Temos que trabalhar como mandam as regras, a PGR tem que trabalhar se querermos mudar o curso deste país. Todos nós estamos a fazer alguma coisa, onde os órgãos de justiça devem agir como mandam as regras, agindo não estão a fazê-lo, quando estiverem a fazer, não será a seu favor e sim ao benefício do povo.

O que eles têm estado a evitar fazer isto só prejudica o povo”, explicou. Segundo ele, apesar das perseguições que tem sofrido devido das suas intervenções em prol do desenvolvimento da província, não irá se calar na qualidade de coordenar provincial da sociedade civil, tendo avançado que a sua maior preocupação é o município dos Buengas, que, tornou-se uma lástima, dai deixar no ar a pergunta se o povo daquela circunscrição do Uíge só vale apenas no momento das eleições.

Miguel Teta Neto, questionado sobre o desenvolvimento do Uíge, fez um balanço negativo porque recentemente, segundo sublinhou, participou de um estudo com algumas organizações não-governamentais em que chegou-se a conclusão que muito dos municípios da região possuem um elevado índice de pobreza de 98 por cento, para isso, perguntou os administradores municipais se o que quê os mesmos têm estado a fazer nestas localidades, tendo ilustrado que um país não se desenvolve com vias de acesso precárias, “precisamos mudar, agora ouvimos de que, queremos uma governação que olha para o povo, primeiro é o povo, Uíge tem que mudar, sim tem que mudar, porque as verbas que as outras providências recebem, são as mesmas que Uíge recebe”.

Antes de terminar a entrevista, ele apelou os administradores municipais, que, devem ser servidores públicos uma vez que o dinheiro que recebem é do povo, então, devem olhar primeiro para o povo, outrossim, desafiou os directores municipais da educação, que dêem devido destino do dinheiro da merenda escolar, pois se a PGR ir ao fundo das coisas, nenhum director municipal da educação estará a altura de esclarecer devidamente como este dinheiro tem sido gastado.

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