Pinda Simão indignado com os jornalistas do Uíge

Por Alfredo Dikuiza

Uíge – Pinda Simão, governador provincial do Uíge, reuniu nesta quinta-feira, com os directores dos órgão de comunicação social estatal local, TPA, RNA, Angop e Jornal de Angola, exigindo-os a omitirem a verdade daquilo que se vai correndo mal a nível da região.

Com essa medida imposta, os jornalistas serão obrigados a omitirem a verdade, ou seja, por mais que alguma coisa estiver a correr mal, terão que dizer de que no Uíge não existe este ou aquele problema, quer com o sector social, económico, político, entre outros.

Segundo informações recolhidas pelo Portal Wizi-Kongo, revelam que a medida surgiu face as denúncias divulgadas pela TPA, que fazia alusão ao desvio de 20 autocarros pelo antigo governador, Paulo Pombolo, numa altura em que as mesmas viaturas foram disponibilizadas pelo Ministério dos Transportes, para algumas empresas facilitarem a deslocação das famílias, assim como dos seus bens.

Igualmente, outro motivo, tem a ver com as recentes notícias divulgadas pela mesma televisão, dando conta do número demasiado de crianças que perderam a vida por causa da malária nos municípios do Uíge e Negage, assim do mau estado das casas que foram entregue a juventude na cidade do Uíge. Para isso, Pinda Simão, reuniu nesta quinta-feira, nas primeiras horas da manhã, com todos os directores para travar tais divulgações, que segundo ele, visam manchar o bom nome da província do Uíge, na arena nacional como internacional.

Assim, ficou claro que a intenção do ex-ministro da educação é divulgar notícias para a Angola e ao mundo, que no Uíge tudo corre bem,  e é a única província do país, que não apresenta problemas de pobreza perante a sua população, que nesta região, o fornecimento da energia eléctrica, água potável, medicamentos nos hospitais, estado das estradas terciárias, secundárias e principais, são um exemplo a seguir.

Ficou patente também que no Uíge, não existem dificuldades no funcionamento das instituições, muito menos das coisas estarem a correr mal nos diferentes sectores que preenchem o mosáico do país.

Caso os jornalistas alinharem-se na ditadura manifestada por Pinda Simão, numa altura em que o país vive a quarta república, estarão longe de cumprir a célebre frase “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”, logo os noticiários e jornais da terra do bago vermelho, apenas dirão tudo realiza-se e funciona bem nesta região “como um paraíso” ou um “mar repleto de rosas”.

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