Polícia Nacional no Uíge recebe rasgados elogios

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 28/09 (Wizi-Kongo) – Aprestação plena ao serviço do cidadão, na protecção na vida humana protagonizada pelos efectivos do Comando Provincial da Polícia Nacional no Uíge, inclusive, da presença do comandante da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), José Dala, antes, durante e depois da Vª manifestação sobre o elevado índice de desemprego no país, com destaque, no Uíge, recebeu rasgados elogios por parte dos organizadores da mesma e não só.

Na hora do balanço, 48 horas depois da realização da última manifestação, isto é, no sábado/26, entre as duas previstas, cuja de domingo/27 não aconteceu por motivos de cansaço, Lussakumuno Panzo Teka e Salvador dos Santos “Vovito”, coordenador e vice-coordenador da aludida marcha, que, contou com a presença de activistas, políticos, académicos, zungueiras, entre outros, como disseram hoje, segunda-feira, ao Wizi-Kongo, aconteceu em clima de paz e tranquilidade, graças ao apoio e segurança garantida pela polícia local.

A presenças de altas figuras da polícia nacional local durante a manifestação, a exemplo, do comandante da PIR, José Dala, do comandante municipal adjunto do Uíge, Carlos e do actual comandante das operações, cujo nome não foi avançado por este ser novo no cargo, além dos agentes e não só, que, souberam manter a ordem e tranquilidade, sem terem que tocar em ninguém, no caso, os manifestantes, demostrou este órgão ter agido em plena democracia, sem ter inclinação de cor partidária”, sublinharam.

No Uíge, uma das 11 províncias que abraçou a realização desta Vª marcha nacional contra o índice elevado de desemprego no país. Nas terras do “Bago Vermelho, a manifestação começara às 13h, tendo culminada quase às 18horas, num ambiente pacífico, com uma fluência considerável de pessoas de vários extractos sociais. Porém, a mesma registou quatro paragens obrigatórias e outras tantas não menos importantes.

Sob lema o “emprego é um direito”, “desemprego marginaliza” e o “desemprego mata”, termos estes descrito com letras garrafais em panfletos, cartazes e não só, os manifestantes no Uíge, durante o percurso que teve inicio no controlo número um do bairro Kandombe-Novo e a primeira paragem obrigatória nas bombas de combustíveis da Sonangol, no Kandombe-Velho, entoavam também canções como “João Lourenço nos mandou esperar, até agora não nos deu emprego, isso tudo é dor”, a “polícia é do povo e não do MPLA”, “JLo se prepara os desempregados estão a vir”, “Savimbi acorda a juventude está a sofrer”, entre outras, eram as mais ouvidas.

Para surpresa de muitos, quer os integrantes da manifestação, quer os assistentes, Jorge Kisseque, activista social que no dia 28 de Agosto do ano em curso, foi alvejado com sete tiros nos membros inferiores, estando agora com gesso no pé direito e a andar com suporte de duas muletas, igualmente, se fez presente na manifestação, tendo a ocasião aproveitada pelos manifestantes clamarem pela justiça e desafiando os órgãos competentes, que, se instaure um inquerido para apurar os autores deste bárbaro acontecimento.

Depois de trinta minutos na primeira paragem, no ritmo de apelos, cânticos, danças e muito mais, a manifestação começou a ganhar outras aderências e dinâmica. Assim, seguiram andando até a rotunda da Bangola do Norte, local da segunda paragem. Nesta foram por duração quase 24 minutos, tal como na primeira, aqui, os mesmos aproveitaram fazer os apelos e denúncias, particularmente, os últimos acontecimentos de Jorge Kisseque, Silvio Dala, Jany (estes dois em Luanda) e não só, que, consideravam de “casos de violação dos direitos humanos”.

Ao longo da trajectória que os levaria a terceira paragem, a marcha subiu de ânimo, eliminou-se a forma de actuação, antes estava apenas ocupada por uma faixa, depois ocupou-se toda estrada, onde, ninguém poderia entrar ou sair, sem antes eles passarem. Desta forma, marcharam a dançar, cantar, isto é, em direcção a rua Industrial. Na antiga igreja Universal, um local comércios com maior agrumelado de pessoas, registou-se uma outra paragem de quase 20 minutos, foi nesta paragem que atraiu as vendedoras locais e as zungueiras, que, entraram na marcha, elevando ainda mais o número de apoiantes.

Com 15 e 20 minutos, os mesmos pararam de frente a operadora de transportes terrestres, Macon e na escola José Eduardo dos Santos, sem fugirem da regra dos cânticos e assobios, cuja paragem maior, a terceira, no caso, estava às portas de acontecer, concretamente, na rotunda do Songo, por onde instalam-se no meio da referida rotunda, no meio da estrada que faz as ligações: “centro da cidade”, “aeroporto” e “Gay”, tendo permanecido no local quase 40 minutos, com quatro elementos em destaque, “canções”, “danças”, “apelos” e “homenagens”.

Na continuidade, outras paragens se fizeram acontecer ao lodo do Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) e Palácio da Justiça, bem como frente a casa do governador, do comité municipal do MPLA, do mercado provincial, até ao local da quarta e última paragem, isto é, na rua dos Cães, no centro da cidade. Neste local, fora feito, igualmente, as últimas considerações e desejos de que cada participante chegasse bem a sua casa.

Comentário

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*


Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.