Por Alfredo Dkwiza
Uíge, 01/07 (Wizi-Kongo) – Por exigirem o pagamento dos seus subsídios de exame de 2019 e de férias de 2021, os professores da província do Uíge, foram humilhados, pelos efectivos da Polícia Nacional, tendo resultado em torturas psicológicas, detenções, lançamento de gás lacrimogénio e “tangos”de borracha, em acto corrido hoje, quinta-feira, numa manifestação.
No total, 12 professores foram detidos e um jornalista do portal Wizi-Kongo. Entre os detidos, constam os professores com graus académicos de bacharel, licenciado e MSc, Simão Panzo, Jaime José, Garcia Pedro Teleka, Salazaco de Jesus Massala, Michel Luvambu, Miguel Jafete da Graça, Ndombele Bernardo, Osvaldo Guerreiro, Hermegildo Pongo, Lúcia Pedro e Sungu Salomão João e Jeremias Kaboco, este último, jornalista. Entretanto, quer os professores, quer o jornalista, foram libertados quatro horas depois de estarem detidos nas instalações da SIC.
A manifestação iniciada às 9hs e 30´na rotunda do Songo, percorreu um (1) quilómetro e tal de distância. Porém, os professores encontraram uma muralha montada pelos efectivos da polícia nacional no intervalo das rotundas da “Sé Catedral e do Hospital Geral, onde foram reprimidos fortemente, colocando fim a manifestação que tinha como término de frente ao Gabinete Provincial da Educação, depois de soarem os tiros de borracha, lançamento de gás lacrimogénio e detenções.
Na sua maioria vestidos de batas brancas, os professores exibiam cartazes e panfletos em letras garrafas, cujo lema da manifestação é “já nos pagam pouco, pagam tudo”. Perca dos telefones, batas, ferimentos ligeiros, becas e um megafone, foi o resultado do balanço geral levantado, segundo, explicou, essa tarde ao Wizi-Kongo, um dos organizadores desta manifestação, Sungu Salamão “Adams.
“A perca dos telefones, batas, ferimentos ligeiros, becas e um megafone, aconteceu por causa da brutalidade dos agentes da polícia nacional, contra cidadãos que manifestavam pacificamente, sem uso de arma branca ou outros instrumentos contundentes”, avançou, Sungu Salamão “Adams, que, acrescentou nesta terça-feira (06/07), baterem a porta da Procuradoria-Geral da República no Uíge para entrada de uma queixa-crime sobre o desvio dos seus subsídios.
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