Quando o MPLA vai reabilitar a figura do seu fundador?

Quando o MPLA vai reabilitar a figura do seu fundador?

VIRIATO CLEMENTE DA CRUZ, fundador ignorado do MPLA.

Apesar de escrever o manisfesto de um amplo “Movimento Popular de Libertação de Angola”, em 10 de Dezembro de 1956 (hoje, completa 61 anos), o Viriato da Cruz é considerado pela linha ortodoxa do MPLA, como o primeiro dissidente e fraccionista do Movimento.

“…Viriato da Cruz criou o seu MPLA, em Leopoldeville, em 1962, e acabou de se entregar a FNLA” (A.Neto, 1977). Este foi o crime cometido pelo poêta e politico angolano e foi sancionado para ser esquecido eternamente, na memória dos angolanos. Nenhuma rua, escola ou hospital leva o nome do fundador do partido dos camaradas.

No Congesso reconciliador do MPLA, o chamado « a grande família » realizado em 1990 (salvo o erro), muitas figuras dissidentes foram realbilitadas, como a do maior dissidente da história do MPLA, Daniel Júlio Chipenda, catapultado, mais tarde, como S.G do MPLA, mas o autor do poêma “Namoro” não foi tido nem achado na memória do seus antigos camaradas.

Recordámos que para além de fundar o MPLA, foi graças ao Viriato da Cruz que este movimento implantou-se em Argel, Cairo, Rabat, Conacry (através de Hugo de Menezes) e em Leopoldville (com ajuda do Mario Cardoso Losembe).

Viriato da Cruz foi o primeiro S.G do MPLA e substituiu o Jonas Malheiro Savimbi, como ministro de Negócios Estrangeiros no Governo Revolucionario de Angola no Exílio (GRAE) em 1964, liderado por Holden Roberto, como primeiro ministro.

Nasceu 25 de março de 1928, no Kikuvo, Porto Amboim/Kwanza Sul e faleceu em 1973, em Pequim, China.

Para não ser considerado como um partido ingrato, o MPLA deveria reconhecer a figura do seu fundador.

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