Ravinas podem isolar Kimbele do resto do Uíge

Ravina com um quilómetro de dimensão poderá engolir grande parte da sede municipal Fotografia: Mavitide João Mulaza. Edições Novembro

Por Valter Gomes 

O governador do Uíge, Sérgio Rescova, pediu ao empreiteiro que está a executar as obras para travar a progressão da principal ravina que ameaça isolar o município de Kimbele do resto da província , para imprimir mais celeridade nos trabalhos.

Sérgio Rescova deslocou-se a Kimbele, na passada fim-de-semana, para verificar as 44 ravinas que estão a progredir em direcção a infra-estruturas sociais, residências, vias secundárias e terciárias no município.

A ravina que ameaça engolir grande parte da sede do município tem um quilómetro de extensão, mais de 300 metros de largura e 50 de profundidade, cujos trabalhos para o seu estancamento estão já com 87 por cento de execução.

Sérgio Rescova disse à imprensa que o Governo da província, em colaboração com o Ministério da Construção, gizou “um plano estratégico” para a contenção das ravinas, pelo que se aguarda pela disponibilização das verbas para o início dos trabalhos.

Morosidade das obras

O governador do Uíge manifestou-se preocupado com o número elevado de obras que estão paralisadas, e com as que estão em andamento mas com morosidade. Por este facto, Sérgio Rescova prometeu responsabilizar judicialmente os empreiteiros incumpridores.

“Registamos com preocupação, em vários municípios da província, a paralisação de algumas obras e a lentidão de outras. Os empreiteiros incumpridores vão ser responsabilizados”, advertiu o governador que se referia aos trabalhos tanto do Programa de Investimento Públicos (PIP) quanto do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

Sérgio Rescova lembrou que os empreiteiros estão a executar obras com base em contratos, nos quais está claro a responsabilidade de cada parte. “O Governo está a fazer uma abordagem directa com os responsáveis das obras para perceber o que se prende com a lentidão de alguns trabalhos e paralisação de outros”, sublinhou.

Durante a permanência em Kimbele, Sérgio Rescova manteve encontros com autoridades tradicionais, religiosas, e membros da sociedade civil, que lhe apresentaram preocupações ligadas a melhoria das vias, falta de água potável, energia eléctrica, assistência médica, entre outras questões que assolam à região.

Ao responder as inquietações, Sérgio Rescova disse: “No domínio da Educação, os projectos que estão em curso no município, no quadro do PIIM, vão permitir o surgimento de três novas escolas para cursos técnicos e profissionais, que visam responder os anseios da juventude, particularmente no que toca a formação profissional”.

Via JA

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