Por Alfredo Dikuiza/Jeremias Kaboco
Uíge, 18/05 (Wizi-Kongo) – Há quase três anos que o lixo ofusca o brilho da sede da cidade do Uíge. São por vezes vistas amontoados de lixo assustador aqui, acolá, cheiro daqui, dai, numa situação que tira a tranquilidade dos munícipes e não só, que por conta disso, interrogou e manifestou-se vários momentos exigindo uma melhoria.
Na verdade, ninguém imaginava que a recolha do lixo encontrava-se rodeada em polémica, entre o governo provincial e a administração do Uíge. Afinal de conta, a administração do Uíge, não lhe foi transferida as competências de recolha do lixo, a semelhança do que acontece com os outros municípios da região.
No município do Uíge, a recolha do lixo é da responsabilidade do próprio governo provincial, concretamente, através do sector técnico deste. Assim, a administração do Uíge, foi retirada do campo e colocada na bancada como adepto para assistir o rolar do jogo, estando por conta disso, a situação do lixo tornar-se polémica na cidade do Uíge, pois, nem em outras província do país, este procedimento funciona, como funciona nas terras do “bago vermelho”.
Ultimamente, para acalmar a administração do Uíge, lhe foi atribuída três áreas para efectuar a recolha do lixo, nomeadamente, Dunga, Mbemba Ngangu e nas mediações do mercado da Feira, mas dependendo sempre da cota financeira vinda do governo provincial, que, encontra-se no comando das operacionalidades.
Com isso, a administração do Uíge cuida apenas nos últimos tempos as três zonas e para o pagamento da actividade da recolha do lixo, depende depois que lhe é disponibilizada a pequena cota financeira, quando, por si, seria a dona da situação, a exemplo, apenas para citar, o que acontece com Negage, Songo, Bungo, outros municípios que compõem a província do Uíge.
Hoje, segunda-feira, para melhor encontrar a resposta desta situação, a equipa do Wizi-Kongo, bateu a porta do administrador municipal do Uíge, Emílio de Castro, sem rodeios, recebeu com agrado os jornalistas deste portal e, em seguida, com a entrevista já no ar, respondeu “temos a responsabilidade de levar avante essa missão, por isso, temos estado a agilizar técnicas para que a mesma situação seja superada num curto tempo, sabendo que a cidade do Uíge é endémica devido a chuva que cai constantemente e por culpa disso carrega muito lixo, que, por sua vêz, coloca em perigo a situação das famílias”.
As preocupações a respeito disso são várias, observou, mas as vezes os métodos não se adequam com a realidade, a partir das empresas que operam sem capacidades técnicas suficientes, aliada a solução de responsabilidade do próprio município.
Neste momento, explicou o administrador, a cidade do Uíge está dividida, uma parte da responsabilidade do governo provincial e outra parte da responsabilidade da administração municipal, no caso, nas áreas do Dunga, Mbemba Ngango e no mercado da Feira, estando sob cuidado as restantes zonas, o sector técnico do governo provincial e que responsabilizou-se na contratação das empresas que estão a operar no mesmo lixo.
“A parte da responsabilidade do município se vai cumprido com máxima atenção na remoção do lixo, todos os dias, para deixar aquelas áreas limpas. Entretanto, a nível do município do Uíge não beneficiamos de orçamento para o pagamento destinado a recolha do lixo, porque essa verba cai directamente ao governo provincial, que, por sua vez, entrega uma pequena parte, a qual a administração vai se ajeitando na recolha do referido lixo e respectivo pagamento nas três área em realce”, justificou, Emílio de Castro, administrador municipal do Uíge.
Como referiu, aliada a responsabilidade que cabe ao município neste domínio e a semelhança dos demais municípios que lhes foi dada a autonomia com as verbas da recolha do lixo, em breve trecho o município do Uíge terá essa gestão e, assim, levar avante toda operação da recolha do lixo, sem ter que partilhar a cidade com o governo provincial, porque é assim que as coisas funcionam nos noutros municípios e em outras províncias também.
Com isso, avançou, os esforços estão sendo evidenciados pelo governador provincial do Uíge, Mpinda Simão, para, em breve, a responsabilidade da recolha do lixo passar sob tutela da administração municipal do Uíge, por via da transferência de responsabilidade, como o próprio governador conseguiu fazer com outras circunscrições da região.
Tendo afirmado que, com as competências do lixo atribuídas, a capacidade da recolha, igualmente, irá melhorar, a exemplo, do trabalho que é visível nas três localidades sob responsabilidade desta administração municipal.
Segundo Emílio de Castro, no dia que a administração que dirige ter a responsabilidade do lixo, estará em melhores condições de responder as reclamações de justa causa que todos os dias são relatadas pelos munícipes e não só, porque a porção maior onde se encontra agrumelado o lixo não é de responsabilidade da administração do Uíge e, sim, do governo provincial, concretamente, do sector técnico.
A cidade do Uíge, é a sede da província com o mesmo nome, nesta estão sedeados os departamentos provinciais, as demais infra-estruturas de realce, a sede do governo e é o município com maior número de habitantes. Entretanto, não possui nenhuma comuna.
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