Por Alfredo Dikwiza
Uíge, 09/09 (Wizi-Kongo) – A região do Uíge, principalmente a sede da cidade, cobriu-se de luto. As pessoas estão a morrer de forma assustadora e em massa de algum tempo a essa parte, numa clara demonstração da existência de um surto de mortes que vai aterrorizando os uigenses dos quatro cantos desta província.
É notório a todo lado a presença de óbitos, cujas causas são as de mortes súbitas, por doença prolongada, não prolongada e suicídios, cujas morgues, principalmente as do hospital provincial, estão constantemente sem espaços para conservação dos cadáveres, obrigando em certos momentos, os funcionários daqueles serviços ficarem sem o que fazer diante desta situação.
Ouve-se em cada esquina choros ou fotos fixadas nas paredes e postes, bem como anúncios da morte deste ou daquele através das redes sociais. Apesar disso, é questionável e como está sendo no seio das famílias, do porque do tamanho silêncio por parte das organização políticas e sociais, religiosas e das autoridades tradicionais, assim como do governo liderado por José Carvalho da Rocha, não terem criado até aqui uma comissão multissectorial para ir a fundo o porque destas mortes.
“As mortes estão demais e isso é assustador de se assistir as pessoas morrer num abrir e fechar dos olhos, não é normal isso porque coloca a província numa posição negra quase nunca antes vista na sua história, onde nem no tempo do conflito armado morria-se deste jeito”, atirou, em declarações ao Wizi-Kongo, João Nsoki, cidadão residente n bairro Candombe-Velho.
Para o funcionário público Pedro Lopes, acredita que caso não seja feita alguma intervenção de forma urgente por parte dos especialistas de saúde, do governo provincial e outras entidades, quer sejam eclesiásticas/tradicionais, em breve a situação será muito pior ainda.
O portal Wizi-Kongo procurou manter contacto com alguns especialistas ligados ao sector da saúde pública, mas não teve sucesso.
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