Por Alfredo Dikwiza
Uíge, 04/05 (Wizi-Kongo) – Como antigamente, o recurso às práticas da tipóia é frequente em algumas circunscrições da “terra do bago vermelho”. A exemplo, na comuna do Kinvuenga, 42 quilómetros a norte da sede da vila do Songo, província do Uíge, a tipóia é um meio indispensável encontrado para transportar os doentes de algumas aldeias a sede da comuna.
Na sede da comuna do Kinvuenga, existe um entro médico e uma ambulância em pleno estado de funcionamento, mas, a mesma ambulância perde rede para operar nas aldeia em busca de doentes, porque existe nesta circunscrições zonas extremamente críticas para livre circulação, quer de pessoas, quer de bens, daí, a tipóia servir como a ambulância ideal no transporte dos doentes em estado de saúde preocupante.
Entretanto, além do centro médico, no Kinvuenga, existe também alguns postos médicos em algumas aldeias. Entre outras zonas críticas desta comuna, estão localizadas as aldeias de Mpenda e Kikuva, numa distância de aproximadamente 25/30 quilómetros, respectivamente.
Assim, caso um doente esteja nestas localidade, a ambulância não consegue desloca-se as mesmas, por causa da degradação das vias de acesso e a destruição de pontes e pônticos, sendo, por isso, o recurso da tipóia, como no passado, a solução ideal.
No grito de socorro, a população local, revelou hoje, segunda-feira, ao Wizi-Kongo, que, igualmente, as estradas terciárias estão demasiadas degradadas, pior que isso, as pontes estão destruídas, a exemplo, a do rio Nzadi. Por conta disso, as aldeias que fazem parte destas localidades, são obrigadas a transportar os seus doentes por tipóia, embora não ser uma tarefa fácil e a ideal, numa altura em que, tais práticas eram mais para o passado, quando o mundo estava sombrio.
Devido a distância e do tempo que leva de transporte, por tipóia, explicaram, alguns doentes acabam o seu estado de saúde agravar-se e, mesmo chegando a comuna, pouco ou nada se consegue fazer, senão serem outra vêz evacua-los para sede do município ou mesmo acabando por morrer. Para livrar-se desta situação, a solução passa no melhoramento das pontes e das vias de acesso e, com isso, garantir a livre circulação de pessoas e de seus bens.
Ravinas perto de engolir a comuna do Kinvuenga
Em volta da sede da comuna do Kinvuenga, existem cinco ravinas iminentes, cujas profundidades vão dos 10/12 metros, como se vê nas imagens.
Entre as cinco ravinas, uma delas está para cortar a circulação da estrada, entre Songo/Kinvuenga e vi-versa e, a outra está há dias por contar para destruir os chafarizes e as residências dos moradores locais, igualmente, as imagens falam por si.
A comuna liderada pela administradora Estrela Domingos, encontra-se as escuras desde Dezembro último/2019, altura em que registou-se uma avaria no gerador que funcionava na sede da mesma e, daí para diante, a única luz em comum que se vê as noites, a nível da circunscrição, é, a da mãe natureza, no caso, as estrelas e o luar. Porém, segundo uma fonte ouvida por este portal, avançou que, a peça que encontra-se avariada no referido gerador custa um milhão de kwanzas.
Com uma população de mais de três mil habitantes, distribuída em cinco regedorias, a comuna do Kinvuenga, está localizada há 42 quilómetros a norte da sede municipal/Songo. A população é maioritariamente camponesa, produz, mandioca, amendoim, jergelim, batata-doce, feijão, bananal, cana-de-açúcar, hortícolas e tantos outros produtos agrícolas.
Ao abono da verdade, esses produtos, acabam por estragar nas lavras e nos campos onde são trabalhados, por falta de escoamento, devido das razões citadas.
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