Tribunal Militar defende oficial da PN criminoso

 

Uíge, 04/03 (Wizi-Kongo) – Um criminoso da corporação, concretamente, o diretor dos recursos humanos do Comando Provincial da Polícia Nacional no Uíge, superintendente, Joaquim Gaspar, venha sendo defendido dos crimes de abuso do poder cometidos nos anos de 2015 a 2016.

Usando da patente e do cargo que ostenta, Joaquim Gaspar, corrompeu o juiz presidente do Tribunal Militar da Região Norte, coronel, Pinto Gonjo, que, em defesa da sua “coroa” arquivou e silenciou os dois crimes cometidos em 2015 e 2016, pelo oficial da PN. Sem realizar uma sessão de julgamento sem nada, o juiz presidente do Tribunal Militar da Região Norte, coronel, Pinto Gonjo, chamou em seu gabinete, o lesado, Joaquim Neves Ferraz, e garantiu-lhe 1.500.000,00 (Um Milhão e Quinhentos Mil kwanzas) com objectivo de silenciar o caso, proposta essa que não foi aceite pelo ofendido.

Trata-se deste caso, como o segundo-crime cometido por Gaspar Joaquim de ter disparado com uma pistola a um cidadão nacional de 29 anos, identificado como Joaquim Neves Ferraz, acto acontecido ás 9 horas do dia 13 de Maio de 2016, quando dirigia um veículo de marca Toyota Corola, tendo na ocasião Gaspar Joaquim o ter perseguido numa distância de aproximadamente dez quilómetros até nas mediações do bairro Nguengue, onde ensacou a pistola que levava no cinturão e fez disparos.

Na altura a exercer bo cargo de Director da Unidade de Trânsito da região, joaquim Gaspar, em seguida, mandou descer o proprietário do carro, Joaquim Neves Ferraz e recebeu-lhe o veículo, que, durante um ano ficou privado dentro do espaço da Viação e Trânsito local, situada na rua dos Funcionários, no centro da cidade do Uíge, segundo informou uma fonte ligada ao comando da PN local, hoje, segunda-feira, neste cidade, ao Wizi-Kongo. Sentindo-se violado dos seus direitos, Joaquim Neves Ferraz deu entrada de uma queixa crime aos Serviços de Investigação Criminal SIC, tendo este órgão encaminhado a queixa para o Tribunal Militar da Região Norte, onde foi lavrado o processo nº 116/2016, que, dias depois o lesado foi chamado para prestar declarações, o que veio acontecer no dia 16 de Maio de 2016, dai para cá nunca mais lhe foi dada nenhuma informação, uma demostração claro do assunto estar engavetado.

Joaquim Neves Ferraz inconformado com o processo solicitou a secretária do referido Tribunal, onde mais tarde lhe foi esclarecido que o seu processo encontrava-se desviado para uma área incerta, assim sendo, o procurador Militar mandou restaurar outro processo com a esperança de pouco tempo ver as coisas resolvidas, e deram outro nº de processo 140/PM/2016, mas que tal como o primeiro processo em nada resultou, ou seja, “nem água vem e nem água vai”.

O primeiro crime, terá sido praticado tempo antes, sendo que, enquanto desenrolava o processo anterior, Gaspar Joaquim já tinha sido acusado de outros crimes que seguiam trâmites legais. Passado um tempo, Gaspar Joaquim foi julgado e condenado a dois anos de pena suspensa pelo Tribunal Militar da Região Norte e dentro destes dois anos de pena suspensa, o oficial voltou a cometer outro crime, o de ter disparado Joaquim Neves Ferraz e recebendo-lhe a viatura.

Hoje, segunda-feira, o Wizi-Kongo tudo fez para manter contacto com o juiz presidente do Tribunal Militar da Região Norte, coronel Pinto Gonjo, mas não obteve sucessos.

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