TROçO QUITEXE-DANGE CORRE RISCO DE INTERDIçÃO

Por António Capitão 

Duas ravinas, que experimentaram há cerca de quatro anos no troço Quitexe/Vista Alegre/Rio Dange e que desde o ano passado aumentaram em termos de comprimento e profundidade, podem, nos próximos dias, cortar a ligação entre as províncias do Uíge, Bengo e Luanda.

As ravinas estão localizadas nas curvas, o que reduz a visibilidade dos automobilistas e a possibilidade de trocar de direcção da viatura para a faixa de rodagem contrária, o que pode provocar colisões ou despistes.

A situação está a deixar preocupados os automobilistas que exercem o serviço de táxi para o transporte de passageiros da cidade do Uíge à vila de Dange-Quitexe, à comuna de Vista Alegre e às províncias do Bengo e de Luanda.

João Victor, ao volante de uma viatura de marca Toyota, modelo Avensis, disse estar mais preocupado com a circulação no período noturno, por ser a altura com menos visibilidade, sobretudo quando está a chover ou o carro apresenta problemas com os choros.

“A circulação neste troço no período noturno é muito perigosa, sobretudo quando somos encandeados por outra viatura, pois quando damos conta já estamos no buraco ou muito próximo. É necessário que as entidades de direito sejam mais célebres na solução desses problemas, para que se evitem danos materiais e humanos”, disse.

Flávio Bernardo, outro automobilista, pede uma intervenção do Governo da província ou do Instituto de Estradas de Angola (INEA) para se estancar as duas ravinas que ameaçam interromper a circulação rodoviária na Estrada Nacional 122, que permite encurtar a viagem à capital do país , Luanda, em até cinco horas, em relação a uma deslocação de mais de oito horas pela EN – 140 (Uíge-Negage-Ndalatando-Luanda).

O automobilista Óscar Domingos também se manifestou preocupado com as ravinas à entrada da vila de Vista Alegre, que já consumiram parte da faixa de rodagem, o que os obriga a utilizarem do lado contrário.

A administradora de Quitexe, Dionísia António, disse estar também preocupada com a progressão das duas ravinas, porque podem interromper, brevemente, a circulação de pessoas e bens no troço que liga a ponte sobre o rio Dange à sede municipal.

A gestora municipal garantiu que o Governo Provincial esta a mobilizar recursos financeiros e equipamentos para o estancamento das ravinas nos próximos dias, tendo em conta a importância sócio-económica que a estrada representa para a província.

200 fogos em risco

No município de Sanza Pombo, uma ravina de grande ameaça engolir as residências construídas num novo bairro na periferia da sede municipal, no âmbito do estagnado projeto de construção de 200 fogos habitacionais em todos os municípios do país.

A denúncia é dos moradores do referido bairro, que evidenciam ainda o risco de destruição de outros equipamentos sociais ali instalados, como postes de transporte de linhas de energia de média tensão. As constantes chuvas que caem sobre a região, nos últimos dias, provocaram o alagamento da ravina, o que dividiu o projeto habitacional em dois lados, sem a possibilidade de motorizadas e viaturas acessarem às duas alas.

“É um grande perigo para nós. Nas noites chuvosas ninguém consegue apanhar sono com medo dos estrondos causados ​​pelas festas de terras. É bom que o Governo reveja o modelo de gestão de ravinas, para se evitarem altos custos no momento de intervenção”, disse António João, morador do bairro.

Arnaldo Fila é de opinião que a Administração Municipal de Sanza Pombo promoveu um programa de realojamento das famílias que vivem naquele pequeno bairro até à contenção ou estancamento da ravina, para evitar danos humanos. Revelou que foram obrigados a deixar de utilizar a rua Botumuna e têm de utilizar a estrada que liga ao município dos Buengas, no bairro Kivinte.

Via JA

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