Tuberculose causa sete óbitos no Uíge

Imagem de arquivo

Por Joaquim Júnior

O Hospital Sanatório do Uíge registou, durante o ano findo,  60 casos de tuberculose, dos quais sete pacientes faleceram e 25 recebem tratamento especial por estarem   infectados com VIH-Sida.

O director geral do hospital, Eugénio Fila, disse ao Jornal de Angola que dos 699  doentes controlados pela instituição que dirige,    29 estão internados e os restantes recebem tratamento ambulatório.

“O hospital tem capacidade para internar 70 doentes,mas tem uma taxa de ocupação inferior a 50 por cento, pois apenas 29 doentes estão internados, dos quais 25 adultos e quatro crianças. O número elevado de doentes que está a receber tratamento  ambulatório deve-se, por um lado, ao estado clínico estável que alguns apresentam, e, por outro, às constantes desistências do tratamento. Muitos só vão ao hospital quando estão graves”, disse Eugénio Fila.

Segundo o responsável, muitos pacientes preferem o tratamento ambulatório para estarem sempre ao lado da família.

O médico explicou que a medicação inicial para doentes com tuberculose tem uma composição com dosagem pesada, que exige do paciente uma dieta alimentar equilibrada ou reforçada, para suprir os efeitos secundários.  “Muitas famílias que preferem acolher os doentes em casa não têm condições para suportar tal dieta”, disse.

“Muitas vezes”, prosseguiu, “recebemos pacientes desidratados e desnutridos por falta de boa alimentação, e imediatamente os internamos e procuramos  alimentá-los convenientemente, com leite e outros alimentos ricos em carbohidratos e vitaminas”.

Em 2017, o Hospital Sanatório do Uíge registou uma taxa de ocupação de 46 por cento e em 2018 baixou para quase 35 por cento. Segundo Eugénio Fila, a faixa etária mais atingida é dos 25 aos 35 anos de idade. A exposição a um ambiente poluído, o contágio de pessoas infectadas, a condição social desfavorecida, são as  principais causas da proliferação da doença.

O director, que aconselha  lavar sempre as mãos e vacinar as crianças com BGC, disse que o hospital  tem apenas dois médicos e 15 enfermeiros . “Os recursos humanos  são  insuficientes para a demanda de 30 a 50 pacientes ambulatórios atendidos diariamente , além dos internados”, disse.

Quanto à assistência medicamentosa, disse que a instituição tem recebido apoio suficiente para os casos registados na província.

Via JA

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